“FANTASTICON 2010”: IV SIMPÓSIO DE LITERATURA FANTÁSTICA JÁ TEM POSTER OFICIAL

quinta-feira | 29 | abril | 2010


Surgem as primeiras informações sobre o Fantasticon 2010 – IV Simpósio de Literatura Fantástica. O evento, como nos anos anteriores, é organizado por Silvio Alexandre, em uma realização da Biblioteca Viriato Corrêa, do Sistema Municipal de Bibliotecas e da Secretaria de Cultura de São Paulo.

A primeira novidade deste ano é que o evento ganhou mais um dia. É isso mesmo, agora são 3 dias de muita literatura fantástica.

A idéia do Fantasticon é reunir pessoas interessadas em Literatura Fantástica (ficção científica, fantasia e horror) para que elas possam se encontrar, trocar idéias, informações e se divertir.

A proposta é incentivar e enriquecer o estudo e o debate sobre o Fantástico no Brasil. Para isso, contaremos com palestras, mesas-redondas, oficinas, mostra de filmes, exposições, lançamentos, sessões de autógrafos e muita confraternização!

Em breve novas informações!

Acompanhe todas as novidades do Fantasticon 2010 no twitter @fantasticon


“XENOCÍDIO”: DEVIR LANÇA FINALMENTE NO BRASIL, O ROMANCE DE FICÇÃO CIENTÍFICA MAIS AGUARDADO DOS ÚLTIMOS 20 ANOS

quinta-feira | 29 | abril | 2010


Após quase vinte anos de espera, finalmente no Brasil o romance que dá sequência à multipremiada “Saga de Ender”, iniciada com os sucessos internacionais O Jogo do Exterminador (mais de três milhões de exemplares vendidos no mundo) e Orador dos Mortos, dois romances ganhadores dos principais prêmios da ficção científica: o Hugo e o Nebula.

No planeta Lusitânia, colonizado por brasileiros, Andrew “Ender” Wigging encontrou um mundo em que humanos, pequeninos e a Rainha da Colméia podem viver juntos. Nesse planeta, as três espécies inteligentes, tão diferentes entre si, podem finalmente encontrar um terreno em comum. Mas Lusitânia também sustenta o descolada, vírus que mata todos os humanos infectados por ele, mas que os pequeninos necessitam para a sua reprodução. O Congresso das Vias Estelares teme seus efeitos como arma de destruição em massa, se o vírus se espalhar pelos Cem Mundos a partir de Lusitânia. Por isso envia uma esquadra de naves equipadas com “o Doutorzinho”, uma arma de destruição planetária. A Esquadra está a caminho, e o segundo xenocídio — o genocídio de uma espécie alienígena — parece inevitável.

O grande aliado de Lusitânia contra esse monstruoso ataque preventivo está na inteligência artificial chamada “Jane”. Mas Jane tem seus dias contados, pois a cada instante que passa as autoridades do O Congresso das Vias Estelares estão mais perto de interromper a rede de comunicações que a mantém viva.

Por sua vez, a terrível tarefa da Esquadra do Xenocídio só pode ser completada com a ajuda da mais elevada inteligência analítica de um mundo, colonizado por chineses, em que os dirigentes são geneticamente engendrados para alcançar a superinteligência. Não há dúvida de que a jovem chamada Gloriosamente Brilhante pode dar a vantagem ao Congresso das Vias Estelares — mas ela o fará, sabendo que condenaria à morte as três espécies que vivem Lusitânia?

Em Xenocídio, Orson Scott Card alia uma poderosa imaginação, perfeita técnica narrativa e domínio do enredo, com um raro conhecimento da condição humana. Uma ficção científica de idéias e de emoções


“O LIVRO DO CEMITÉRIO”: EDITORA ROCCO LANÇA LIVRO DE NEIL GAIMAN

quinta-feira | 29 | abril | 2010

Livro do Cemitério

A editora Rocco acaba de lançar o Livro do Cemitério (336 páginas, R$ 39,50), de Neil Gaiman (Sandman).

Enquanto seus pais e irmã são impiedosamente assassinados por um misterioso homem chamado Jack, um bebê consegue escapar de seu berço e se aventurar pelo mundo. Uma série de coincidências, aliada a uma grande dose de sorte, salva o pequeno de ter um destino tão trágico quanto o de sua família.

A história do bebê sortudo e fujão começa quando ele chega à rua e sobe a colina em direção ao velho cemitério. Ele é perseguido pelo assassino de seus familiares, o homem chamado Jack.

Já dentro do cemitério o neném conhece os habitantes do local. Fantasmas de outras épocas que vivem em suas covas e mausoléus e que, por circunstâncias do destino, são forçados a adotar e batizar o garotinho, agora chamado de “Ninguém Owens”, o Nin, para salvá-lo do seu perseguidor.

“Ninguém” passa a viver no cemitério da colina, adotado por um simpático casal de fantasmas e amado pelos outros moradores do lugar. Um misterioso morador, Silas, assume a responsabilidade de ser o guardião do garoto. Único vivo que mora no cemitério, apesar dos seus hábitos noturnos e habilidades fantásticas, ele é o responsável por trazer comida, livros e tudo que o garoto precisa do mundo terreno dito “normal”.

Entre lápides e covas, junto a velhos fantasmas, almas penadas e até mesmo uma feiticeira enforcada, o leitor acompanha o crescimento de Nin até se tornar um adolescente. Mas mesmo depois de todo este tempo a sombra do seu perseguidor ainda paira sobre o jovem. E o destino caminha para um embate final entre os dois, quando “Ninguém” descobre muito mais do que esperava sobre o mundo e as pessoas.

O livro, que conta com ilustrações de Dave McKean, ganhou nos Estados Unidos a medalha John Newberry, prêmio da literatura infanto-juvenil norte-americana, e permaneceu na lista dos mais vendidos do The New York Times por mais de 50 semanas.
>> UNIVERSO HQ – por Marcelo Naranjo


“ECLIPSE”: NOVA IMAGEM DA PRODUÇÃO

quinta-feira | 29 | abril | 2010

 
A MTV norte-americana revelou nesta terça-feira uma foto de Eclipse, mostrando o exército de Victoria (Bryce Dallas Howard).Eclipse está programado para chegar aos cinemas no dia 30 de junho de 2010. A direção é de David Slade, com roteiro de Melissa Rosenberg. A trama é focada na decisão que Bella (Kristen Stewart) terá de tomar entre o vampiro Edward (Robert Pattinson) e o lobisomem Jacob (Taylor Lautner). 

A saga Crepúsculo é originária dos livros escritos por Stephenie Meyer, seguindo o romance adolescente entre os dois jovens protagonistas, uma mortal e um vampiro. 
>> HQ MANIACS – por Artur Tavares

Veja mais sobre Crepúsculo


KICK ASS QUEBRANDO TUDO

quarta-feira | 28 | abril | 2010

Baseado em HQ escrita por Mark Millar e ilustrada por John Romita Jr., o filme “Kick-ass – Quebrando tudo” estreou muito bem nos EUA, faturando o primeiro lugar na bilheteria, mas bastou uma semana em cartaz para cair quatro posições, perdendo a liderança para “Como treinar o seu dragão”. 

O longa só chega às telas brasileiras no dia 11 de junho, mesmo mês em que a Panini planeja lançar o gibi que serviu de inspiração para o filme de Matthew Vaughn onde um adolescente, fã do homem-aranha, decide se tornar um super-herói, mesmo sem ter poder algum. Apesar deste mero detalhe, ele se torna um fenônemo de popularidade.

A versão brasileira da história em quadrinhos, cuja capa você confere, em primeira mão, na abertura deste post, terá 212 páginas, papel couché, capa dura e distribuição exclusiva para livrarias. Enquanto o preço do livro não é definido, confira, acima, o divertido trailer do filme, que conta com Nicolas Cage como o personagem Big Daddy, homenagem ao Batman da TV.

Para promover o lançamento do fime “Kick-ass – Quebrando tudo” nos EUA, o apresentador de TV Jay Leno decidiu convidar Cage, que é um grande fã de quadrinhos, para um quiz sobre o homem-morcego. Seu adversário no questionário é ninguém menos do que Adam West, o Batman da TV.
>> GIBIZADA – por Telio Navega


5º CINEFANTASY: INSCRIÇÕES ABERTAS

segunda-feira | 26 | abril | 2010

5º CINEFANTASY – FESTIVAL CURTA FANTÁSTICO 2010  INSCRIÇÕES  NACIONAIS E INTERNACIONAIS ATE 11 DE JUNHO  

Estão abertas as inscrições para o 5º Cinefantasy – Festival Curta Fantástico, que acontece de 31 de agosto a 12 de setembro de 2010 em São Paulo.

Gratuitas, as inscrições podem ser feitas até o dia 11 de junho através do site www.curtafantastico.com.br. A edição de 2010 se divide nas seguintes categorias: Mostra competitiva de curtas-metragens, Mostra competitiva de longas-metragens e Sessão Mestre dos Gritos.

Além das mostras competitivas de curta, longa e o Desafio Mestre dos Gritos, a quinta edição contará ainda com a mostra paralela, atividades de formação e debates com convidados especiais.

O Cinefantasy, que já conquistou seu espaço como um dos eventos mais importantes do calendário do universo fantástico da América Latina, abrigando fãs e produtores do gênero, além de conquistar reconhecimento internacional, é membro do Fantafestivales – Aliança Latino-Americana dos Festivais Fantásticos – e  parceiro da Federação Européia Meliés.

Serviço:

5º Cinefantasy – Festival Curta Fantástico

INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 11 de JUNHO

www.cinefantasy.com.br


“ÁREA Q”: FICÇÃO CIENTÍFICA FILMADA NO BRASIL

quinta-feira | 22 | abril | 2010

Área Q é o nome do longa-metragem de ficção científica filmado no Brasil, mais precisamente no Ceará, na cidade de Quixeramobim (mundialmente conhecida por suas aparições de ovinis) e promoverá a inédita parceria com a Panavision, que associou-se ao projeto cedendo temporariamente um dos mais avançados equipamentos de câmeras de alta definição do mundo, Gênesis, que foi utilizado em filmes como: Superman – O Retorno, Déjà Vu e Apocalypto. Estrelado por: Isaiah Washington, Murilo Rosa, Tânia Khalill e Ricardo Conti.

O filme é uma co-produção EUA e Brasil ( Reef Pictures Inc., ATC Entretenimentos e Estação Luz Filmes) e tem roteiro e produção de Halder Gomes , com direção de Gerson Sanginitto. Gomes e Sanginitto dirigiram juntos o terror Cadáveres 2 , numa produção norte-americana.

Assista ao trailer:


MAZZUCHELLI: ESCOLHA SEU SUCESSO

quinta-feira | 22 | abril | 2010

Aos 27 anos, David Mazzuchelli estava no topo do mundo – do seu mundo, o mundo dos quadrinhos. Era o artista consagrado de um dos mais celebrados gibis até então – e até hoje: Batman Ano Um.

Escrita por Frank Miller, a série introduziu um nível de realismo inédito nos quadrinhos comerciais americanos. O principal personagem da história é Gotham City. Olhe qualquer página: dá para sentir o cheiro da cidade.

Os dois filmes do herói dirigidos por Christopher Nolan, são fortemente influenciados por Batman Ano Um. Foi sua segunda colaboração com Miller. A anterior é igualmente um clássico dos super-heróis: Daredevil: Born Again.

E então Mazzuchelli… sumiu. Desapareceu de circulação. O ano era 1987. De lá para cá ele publicou três gibis autorais (Rubber Blankets, de 1991 a 1993) e uma adaptação do romance de Paul Auster, City of Glass (1994).

Foi dar aula. Fez  umas participações especiais em antologias de vanguarda tipoDrawn & Quarterly Zero Zero, ilustrações para New Yorker e outras revistas sofisticadas, e só.

Nada de entrevistas, nada de aparições em convenções, discrição acima de tudo. Escafedeu-se. E então veio Asterios Polyp.

A graphic novel escrita e desenhada por Mazzuchelli em 2009 é – vamos deixar de rodeios – uma OBRA DE ARTE, com maiúsculas.

Não por acaso, foi o trabalho com maior número de indicações aos prêmios Eisner deste ano, anunciadas esta semana.

Os Eisner Awards são a premiação mais importante dos quadrinhos norte-americanos. Asterios Polyp levou quatro indicações. Por que o silêncio de tantos anos? Muita coisa foi acontecendo. A vida aconteceu.

Num raríssimo encontro com leitores, Mazzuchelli explicou que, depois do grande sucesso de Batman Ano Um, ele decidiu passar um ano pensando no que queria fazer depois.

Quando iniciou Rubber Blankets, percebeu que a cada edição ele queria contar uma história mais longa, que não cabia nas poucas páginas disponíveis. Em vez de fazer o número 4, parou a série – e o número 4 se transformou nas 300 e tantas páginas de Asterios Polyp.

É muito difícil descrever este livro. É uma linda história de amor sobre um horrível caso de arrogância intelectual; é um despretensioso tratado sobre a estética e os estetas; é um passeio pela Odisseia e um show de cenografia.

É a pura energia do cartum, é o rigor arquitetônico, é a fluidez do mangá e também uma homenagem aos clássicos gibis de antigamente – Chester Gould viaScott McCloud. E não, não é cabotino, não é pseudo, não é indie nem para uma seleta casta de iniciados no mundo das artes plásticas. São personagens de carne e osso e, bem, Hana, por quem é muito fácil se apaixonar.

Asterios Polyp é acessível e espantoso. Com 50 anos, finalmente David Mazzuchelli faz sucesso em seu próprio tempo, em seus próprios termos.
>> R7 – por André Forastieri


E AGORA? QUAL “SANDMAN” COMPRAR?

terça-feira | 20 | abril | 2010

Sandman Sandman – Edição Definitiva, da Panini Comics, Panini, chegou às livrarias nesta semana, e é natural que haja um rebuliço: o personagem de Neil Gaiman é um dos maiores sucessos dos quadrinhos no Brasil.

Diante disso, chegamos a fazer uma ação inédita no Twitter do Universo HQ: uma busca colaborativa pelo menor valor de pré-venda para o volume. Com a ajuda dos leitores, encontramos uma loja que vendia a R$ 103,00 – o preço oficial é R$ 154,00!

Ao mesmo tempo, muitas dúvidas surgiram. O preço alto vale a pena? A tradução é boa? O que fazer com a coleção da Conrad? Importar vale a pena?

Para ajudar o leitor a responder essas questões, este texto organiza todos os pontos que foram discutidos e acrescenta mais alguns.

Analisamos a nova edição da Panini, o monumental Absolute Sandman norte-americano e a elogiada coleção publicada recentemente pela Conrad – que são os materiais mais recentes e fáceis de encontrar.

No final, há uma resposta – em tom pessoal e nada definitiva. Uma avaliação mais rigorosa da edição da Panini ainda será feita futuramente aqui no Universo HQ.

Afinal, qual Sandman comprar?

O que é?

Panini
Com o primeiro volume recém-lançado, Sandman – Edição Definitiva é a versão nacional de Absolute Sandman, da DC Comics. Compila os números 1 a 20 da revista de Neil Gaiman, com vários artistas e muitos extras.

SandmanDC Comics

Absolute Sandman é, até agora, a versão mais sofisticada da obra-prima de Neil Gaiman. É uma coleção em quatro volumes (mais um dedicado às histórias da Morte) com acabamento gráfico sofisticado, páginas recoloridas e diversos extras.

Conrad
A coleção da editora foi publicada do começo ao fim entre 2005 e 2008, em dez edições caprichadas, com capa dura. A Conrad também lançou um volume dedicado às duas minisséries da Morte.

Tradução

Panini
Nesta edição, as HQs são traduzidas por Jotapê Martins e pelo editor Fabiano Denardin. Já os extras foram vertidos por Érico Assis. Não há garantia que o time se repita nos volumes seguintes – nem mesmo que eles saiam, aliás!

No Twitter, a menção ao nome de Jotapê trouxe à tona trabalhos anteriores, como a versão reduzida de Terra X, os cortes de texto “para caber” nas velhas revistas da Abril e até mesmo o hábito de batizar personagens secundários com seu apelido. Essa questão, bem como outras pontuais, serão avaliadas numa futura resenha.

DC Comics
Não tem tradução. É o original, e Gaiman tem um texto ótimo e cheio de referências. Ainda assim, pode ser uma leitura complicada para quem não se dá bem com a língua de Shakespeare – até porque há trechos no inglês arcaico de Shakespeare mesmo.

Conrad
A tradução de Daniel Pellizzari é elogiadíssima e muita gente a considera insuperável. Foi ele quem percebeu que o título Worlds’ End era, na verdade, no plural: Fim dos Mundos, em vez de Fim do Mundo, como saiu pela Globo e até então consagrado por aqui.

Mas Pellizzari não traduziu os volumes 1 (Ana Ban) e 2 (Sérgio Codespoti, editor do Universo HQ), nem as minisséries da Morte (Ana Ban). Todas as edições tiveram a adaptação e edição de Sidney Gusman, editor-chefe deste site.

Dimensões

Panini
Com 18,5 x 27,5 cm, é maior que a publicação original de Sandman, mas muito parecida com a edição da Conrad e consideravelmente menor que a edição Absolute da DC.

DC Comics
Com 22,6 x 40,1 cm, é consideravelmente maior que as duas versões nacionais.

Conrad
É muito similar à edição da Panini, com seus 19 x 28,2 cm. Mas, na época, a DC publicava Sandman apenas em formato americano, ou seja, é maior do que a coleção em que se baseia.

Acabamento

Panini
Sandman Edição caprichada, nos moldes das demais edições definitivas da Panini, e com mais de 600 páginas! Além disso, traz cores novas – não inéditas porque a Pixel utilizou esta versão na sua tentativa frustrada de popularizar a série.

DC Comics
Capa dura, estojo, tamanho imenso. É um daqueles volumes que impressionam na prateleira. 612 páginas. E as cores foram refeitas, utilizando tecnologias mais modernas.

Conrad
Similar ao da Panini, mas as edições têm menos páginas. E as cores são as mesmas da publicação original.

Preço

Panini
Oficialmente, R$ 154,00. Mas, como é comum em livrarias, há muitos descontos. Num esforço coletivo feito no perfil do Universo HQ no Twitter, com a ajuda de leitores, chegamos a divulgar o valor de R$ 103,00 numa pré-venda (a oferta já saiu do ar).

Há uma relativa vantagem em comprar nas livrarias e lojas especializadas: o consumidor pode parcelar o valor em diversas vezes, amenizando o impacto no orçamento.

DC Comics
Oficialmente, US$ 99,00. Mas livrarias norte-americanas vendem por menos. Numa cotação feita na Amazon nesta semana, foi possível comprar o Absolute Sandman por R$ 133,00 – com frete para o Brasil incluído.

Ou seja: menos que o preço cheio da Panini. Comprando vários volumes de uma vez só, o preço do frete é amortizado.

Sandman Ainda há lojas de descontos como a Strand Books, que costumam ofertar livros ainda mais baratos. Quem não tem pressa deve ficar de olho. A desvantagem é que não dá pra parcelar.

Também é possível comprar Absolute Sandman nas grandes livrarias do Brasil. Custa mais caro: cada volume fica em torno de R$ 240,00. Mas essas livrarias costumam fazer promoções de tempos em tempos. E ainda parcelam.

Conrad
Os dois primeiros volumes e o álbum da Morte estão esgotados, e a editora, por contrato, não pode relançá-los. No mercado de livros usados, essas edições custam uma fortuna. Uma coleção completa pode custar mais de R$ 1 mil.

Mas os outros volumes não são tão difíceis de encontrar. E muitas vezes aparecem por preços realmente baixos, com descontos de mais de 50% – o preço original de cada álbum ficava em torno de R$ 70,00.

Para completar

Panini
Batman – Preto & Branco, Starman, Seton… A tradição da editora de não continuar séries não ajuda a gente a defendê-la nesse quesito. A Panini nem sequer anunciou os outros três volumes da coleção. Nem o álbum da Morte.

Mesmo que anunciasse, daria para confiar que a série chega ao fim? E que os preços e padrões serão mantidos?

DC Comics
É fácil: os quatro volumes de Sandman estão em catálogo. E o volume da Morte também.

Conrad
Não é fácil achar a coleção completa nem os primeiros volumes. A preço baixo, então, é raridade.

E aí? Qual Sandman comprar?

Na verdade, a resposta não é uma só. Depende de cada pessoa.

Pessoalmente, hoje, eu compraria a edição da DC, porque leio bem inglês e já tenho a coleção da Conrad completa (e, a propósito, gosto muito das cores retrô). Pode ficar um pouco mais caro, mas o acabamento, o tamanho e a língua original fazem muita diferença e, pra mim, compensam o preço.

Sandman É uma pena para o mercado nacional, mas as tiragens gigantescas dos norte-americanos fazem com que ganhem muito na escala.

Mas a verdade é que não tenho nada especialmente contra as edições em português que foram analisadas. Há questões pontuais que foram e serão analisadas em resenhas, mas, em geral, os títulos que estão aí são de primeira.

Não citei a versão frustrada da Pixel e as versões anteriores da Metal Pesado e da Brainstore porque não recomendo mesmo – e realmente duvido que alguém consiga completar a coleção da Globo atualmente.

Digo mais: com exceção do Jotapê, que nunca encontrei, todos os outros tradutores e editores são não apenas amigos queridos, mas também profissionais por quem tenho respeito profundo e extrema admiração pelo trabalho que fazem.

Penso que vários modelos de coleção são possíveis. Um deles é confiar na Panini. Não é simples: eu mesmo comprei vários títulos que foram pro limbo. Mas a boa repercussão de Sandman – Edição Definitiva e de Neil Gaiman no Brasil me faz crer que há boas chances de a série continuar até o fim.

Há uma possibilidade até meio bizarra que me agrada pra quem está inseguro com a continuidade da série nas mãos da Panini e não quer pagar uma fortuna pela coleção da Conrad: misturar as duas coleções – elas têm o mesmo formato.
>> UNIVERSO HQ – por Eduardo Nasi

E você, pretende comprar a versão da Panini? Tem a da Conrad? Prefere a da Globo? Comente este artigo no Blog do Universo HQ.


“PROMESSAS DE AMOR A DESCONHECIDOS ENQUANTO ESPERO O FIM DO MUNDO”: MISTURA DE PALAVRAS E GÊNEROS

terça-feira | 20 | abril | 2010

“Promessas de amor a desconhecidos enquanto espero o fim do mundo” é mais do que um título enorme para uma história em quadrinhos produzida por um jovem autor de Florianópolis, de 27 anos. Disponível online, a HQ é uma mistura de gêneros, em que elementos de fantasia e ficção científica se misturam a um jovem rebelde chamado Jolly Roger que, de máscara de caveira no rosto, prega a anarquia através dos meios de comunicação.

A HQ é sobre a maneira como reagimos a situações que nos são impostas ou que de alguma forma nos impomos, sobre o medo de escolher algo quando você parece estar numa situação de impasse – explica, por email ao Gibizada, o autor, Pedro Franz. – Acho que o medo é o principal sentimento que leva à efetividade do terror, assim como de certas atitudes políticas.

Impresso com o apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, o primeiro volume da HQ acaba de ser lançado e reúne os quatro primeiros capítulos da série, que terá um total de 12. A ideia, segundo Franz, é publicar três álbuns, que formarão uma trilogia: Limbo, Underground e Céu.

A publicação é independente no sentido de que não tem editora, e faço tudo sozinho, mas é um projeto contemplado em um edital de Artes Visuais – conta o autor, que estudou Artes Plásticas, se formou em Design e atua como diretor de arte e ilustrador freelancer.

Acho que, nos quadrinhos, criou-se um costume de aceitar certas partes de um trabalho como formato, escolha do papel, distribuição e número de páginas. Escolhas que cabem a um editor e não a um autor. E, por ter o controle de todas as partes do processo, me interessa neste projeto pensar como cada uma delas pode contribuir com um elemento narrativo. Ou seja, perguntar-se, por exemplo, o que significa (para o autor e para o leitor) uma história em quadrinhos publicada em série?
>> O GLOBO – por Telio Navega


CAPITÃO 7 – O PRIMEIRO HERÓI BRAZUCA DA TV

terça-feira | 20 | abril | 2010

Capitão 7

O herói capitão 7 foi criado para um programa de séries da TV Record em 1954. O personagem foi imaginado por Rubem Biáfora e protagonizado pelo ator Ayres Campos. A série foi veiculada até o ano de 1966. A estréia da série aconteceu em 24 de setembro de 1954, ao vivo.

 Nos primeiros anos, em virtude da raridade do uso do videotape, os primeiros capítulos eram feitos e transmitidos ao vivo.

 Na ficção, o Capitão 7 é vivido por Carlos, seqüestrado por extraterrestres ao Sétimo Planeta, onde adquiriu poder corporal e mental. Quando retorna à Terra, mantém o mesmo novo civil e torna-se num talentoso químico. Os seus poderes funcionam enquanto vestido com o seu uniforme de ação.

Na trama, Carlos casa-se com Silvana, a ponto de revelar o seu segredo a ela e levá-la como visitante ao Sétimo Planeta, após esta viagem, Silvana torna-se numa heroína. O seu maior inimigo é  “O Caveira” . Utilizava uma espaçonave para vigiar a Terra, e quando tudo estava tranqüilo, vivia a sua vida comum de químico e namorado de Silvana.

Os quadrinhos do Capitão 7 começaram a ser publicada em 1959, pela editora Continental. A obra contava com os desenhos de Jayme Cortez, Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin e Juarez Odilon. Os textos eram de Helena Fonseca, Hélio Porto e Gedeone Malagola. Foram 54 edições publicadas até o ano de 1964, nos quadrinhos, as ações poderosas do personagem eram plenas, em comparação com a produção limitante da TV.

Em épocas de limitações tecnológicas, o personagem era mais atuante com os seu poderes nos quadrinhos do que na TV. O ator Ayres Campos faleceu em 6 de julho de 2003. Recentemente o projeto do Capitão 7 veio à tona através do desenhista Danyael Lopes para homenagear o falecido ator
>> MEU HERÓI – por Fernando Rebouças


ZUMBIS, ROBÔS, MONSTROS E MACHADOS

sexta-feira | 16 | abril | 2010

Há uns três anos uma divertida coletânea de textos resgatando a melhor tradição da ficção de gênero popular nas revistas de contos da primeira metade do século nos Estados Unidos chegava as livrarias e começava uma bem-sucedida série de coletâneas. Editada pelo escritor e designer gráfico Samir Machado de Machado, a coleção Ficção de Polpa tornou-se um projeto editorial bem sucedido e hoje está no terceiro volume (de acordo com Samir há um quarto já em preparação). Quem quiser tomar contato com a coleção pode ler no blog do escritor Tibor Moricz resenhas conto a conto dos três volumes (Volume 1, Volume 2, Volume 3). A primeira coletânea, por sua vez, já está na terceira edição.

Para marcar a data com a reedição dos três volumes da coleção, a Não Editora, hoje responsável pelo projeto (só indo atrás da primeira edição do primeiro volume foi que me dei conta de que o nome da editora do Ficção de Polpa original era Fósforo) marcou para amanhã, 19h, na livraria Palavraria (Vasco da Gama, 165), um debate sobre a O Público e a Crítica da Ficção de Gênero. Participam o organizador dos três Ficções de Polpa, Samir Machado de Machado, falando sobre literatura fantástica e de horror, e eu próprio, dando palpite sobre literatura policial (tema de minha dissertação de mestrado em literatura na UFRGS). A mediação é do Antônio Xerxenesky, autor de Areia nos Dentes. Depois do papo, haverá autógrafos com os autores da coleção (nem todos, provavelmente, mas acho que ainda assim um bom número). Se puder, compareçam.
>> MUNDO LIVRO – por Carlos André Moreira


“SHERLOCK HOLMES 2” EXCLUSIVO: ROTEIRISTAS FALAM SOBRE CONTINUAÇÃO

quinta-feira | 15 | abril | 2010

Michele Mulroney e Kieran Mulroney revelam
suas histórias favoritas do detetive

 O Omelete, através de nossos parceiros do Collider, entrevistou os roteiristas Michele Mulroney e Kieran Mulroney sobre seu novo filme, Paper Man. Aproveitamos a ocasião para conversar sobre outro trabalho da dupla, a sequência de Sherlock Holmes, que também será dirigida por Guy Ritchie. Na conversa, os escritores contam como está sendo o desenvolvimento deste roteiro, a admiração pelo protagonista, suas tramas favoritas de sir Arthur Conan Doyle e suas impressões sobre a possibilidade de Brad Pitt interpretar Moriarty. Confira!

Vocês estão trabalhando na sequência de Sherlock Holmes?

Kieran – Estamos. Inclusive, nós estávamos fazendo exatamente isto pela manhã.
Michele – Estávamos trabalhando nisso pela manhã antes de vir pra cá. Estamos mergulhados nisso, está sendo bem empolgante, interessante e desafiante.
Kieran – Será um filme divertido.
Michele – Eu cresci lendo os livros de Conan Doyle. Então, para mim, estar envolvida neste roteiro é algo maravilhoso. Estes personagens sempre fizeram parte da minha infância. Os personagens de Watson e Holmes são ótimos. É claro que temos dois grandes atores que deram vida à eles , Robert Downey Jr. e Jude Law. É um processo muito interessante no qual estamos inseridos.

Vocês escrevem um roteiro com base em algum orçamento ou escrevem um roteiro e o modificam de acordo com o orçamento?

Kieran (risos) – Geralmente é o que acontece. Depois que escrevemos o primeiro rascunho, eles sempre nos pedem para tirar uns 30 a 50 milhões de dólares de lá.
Michele – Nós sempre escrevemos a mais.
Kieran – Nós temos a tendência de escrever grandes sequências de ação. Será um filme de grande repercussão. É um processo de colaboração muito intenso quando você está no estúdio trabalhando em um filme em que todos tem uma grande expectativa. Nós adoramos trabalhar com os diretores. Guy Ritchie tem muita presença e considero ele muito talentoso visualmente, além de ter feito um grande trabalho no primeiro filme.
Michele – Ele é muito bom.

Vocês começaram a escrever o segundo quando o primeiro estava em pós-produção?

Kieran – Nós começamos a escrever antes do lançamento, mas depois de terem finalizado a produção.
Michele – Acho que sempre há uma vontade, quando possível, de escrever mais sobre as histórias e os personagens, porque eles geram muito material. É engraçado quando você percebe que não há muita diferença em escrever Paper Man com 4 milhões de dólares ou Sherlock Holmes com bem mais dinheiro do que isso.
Kieran – É verdade.
Michele – É sempre exatamente o mesmo processo de desenvolvimento de história, personagens e diálogos.
Kieran – Só temos mais coisas explodindo.
Michele (risos) – Sim, e um pouco mais de pressão.
Kieran (risos) – Exatamente.

Vocês tem uma história favorita do Sherlock Holmes entre todas que Conan Doyle escreveu?

Kieran – Gosto de A Faixa Malhada.
Michele – A Faixa Malhada é ótima, bem ao estilo das histórias clássicas de Holmes.
Kieran – A Liga dos Cabeça-Vermelha é uma história profunda também. É uma gangue que está contratando ruivos. Eles selecionam pessoas enviando anúncios do tipo ” Se você tem cabelo ruivo, junte-se a nós”. E este clube é uma fachada para uma organização criminosa. É algo bizarro e antiquado. A propósito, nós não estamos fazendo uma versão de A Liga dos Cabeça-Vermelha. (risos)
Michele – As histórias podem ser antiquadas e estranhas, mas são muito criativas e convincentes. Os argumentos são muito sedutores.

O que vocês acham da possibilidade de Brad Pitt interpretar o Professor Moriarty?

Michele – Somos grandes fãs de Brad Pitt. Ele é um grande ator e particularmente brilhante no desenvolvimento de seus personagens. E o Professor Moriarty é um grande personagem que gera muito interesse. Espero que Brad goste dele. Vamos fazer o seguinte, vamos ser políticos e não dizer nada. Mas ele é maravilhoso. É impossível não ser um grande fã de Brad. Então, vamos ver o que acontece. Será um filme muito interessante de se ver. Não podemos dizer mais nada sobre isso.

Vocês podem contar alguma coisa da história?

Kieran – Não, é segredo.
Michele – Está tudo por baixo dos panos.

Confira no nosso Especial sobre o filme entrevistas com Robert Downey Jr. e Guy Ritchie, além da crítica, e galerias de imagens e vídeos. O longa original sai em 13 de maio em DVD e Blu-Ray no Brasil.
>> OMELETE – por Steve Weintraub


“CAPITÃO AMÉRICA”: NOVO TÍTULO, NOVA ATRIZ

quinta-feira | 15 | abril | 2010

O filme do Capitão América teve seu título alterado, ou melhor dizendo, invertido. Antes chamado The First Avenger: Captain America, agora se chama Captain America: The First Avenger (Capitão América: O Primeiro Vingador).

E essa não é a única novidade. A atriz inglesa Hayley Atwell, do recente remake de O Prisioneiro, foi escalada para viver Peggy Carter, o interesse romântico do Capitão.

Peggy foi criada por Stan Lee e Jack Kirby, sendo o interesse amoroso do herói durante a 2ª Guerra Mundial, quando ela lutava junto à resistência francesa. Nos tempos atuais foi mostrada primeiramente como a irmã mais velha de Sharon Carter, outra namorada do Capitão. Ambas foram agentes da S.H.I.E.LD. Mais tarde, para não demonstrar a passagem do tempo nas revistas, Peggy se tornou a tia de Sharon. Peggy chegou a ser uma oficial de comunicações da equipe de apoio dos Vingadores por algum tempo.

Captain America: The First Avenger, com direção de Joe Johnston, mostrará as origens do Capitão América (vivido por Chris Evans) ao lado de seu parceiro Bucky (Sebastian Stan) na 2ª Guerra Mundial, incluindo participações da equipe Invasores e do vilão Caveira Vermelha. Produzido pela própria Marvel, o filme tem estreia marcada para 22 de julho de 2011.

O Capitão América foi criado em 1941 por Joe Simon e Jack Kirby. No início da 2ª Guerra Mundial, o soldado Steve Rogers foi voluntário em um experimento com o soro do super-soldado, desenvolvido pelo Dr. Abraham Erskine. Dessa maneira, ele se transformou de um rapaz franzino no combatente perfeito. Armado somente com seu escudo, e tendo ao lado seu parceiro Bucky, o Capitão América enfrentou os nazistas durante a guerra. Acabou sendo congelado perto do final do conflito e voltou à ativa depois de ser encontrado pelos Vingadores, anos depois.
>> HQ MANIACS – por Leonardo Vicente Di Sessa


“KDABRA”: CONHEÇA A NOVA SÉRIE LATINA DA FOX

quinta-feira | 15 | abril | 2010

O canal Fox estreia esta noite às 22h, a série colombiana “Kdabra“. Produzida pela Fox Telecolombia, a série tem 13 episódios encomendados para a primeira temporada, os quais já foram finalizados. A audiência desses episódios durante a exibição nos países da América Latina determinará se a produção ganha ou não uma segunda temporada.

Criada por Andrés Gelós, Martín Preusche e Ana María Parra, com direção de Felipe Martínez. A série tem início com três histórias paralelas, que posteriormente irão se cruzar.

Na primeira história temos Luca (Christopher Von Uckermann do grupo RDB), um jovem adolescente que cresce em uma comunidade religiosa fechada, afastado da realidade e superprotegido pelos pais, líderes espirituais do lugar. Ele sofre de ataques de narcolepsia, que exige cuidados e atenção de todos que o cercam. Seu sonho é ter uma vida normal e seu único interesse é a mágica, para a qual demonstra ter um misterioso talento natural.

A outra história gira em torno de René (Damian Alcazár), um mágico que trabalha no Hotel Majestic, o primeiro hotel cassino dedicado à temática da magia. Ele já foi mundialmente famoso, mas agora só tem valor para o Hotel e, mesmo assim, vive sob a ameaça de ser demitido em função de suas bebedeiras. Além de suas apresentações, René também assume a função de vigiar os frequentadores do cassino, tentando descobrir os truques que utilizam para vencer no jogo.

Quando Luca foge da comunidade, ele acaba conhecendo René que, ignorando os mistérios por traz das origens do rapaz, se torna seu mentor.

A terceira história é a de Daniel um astronauta que abandonou a carreira depois de testemunhar a chegada de estranhas luzes ao planeta Terra, durante sua missão na Lua. Agora ele dedica-se a tentar descobrir o que aconteceu naquele dia e o que eram aquelas luzes. Mas suas investigações provocam uma reação em cadeia que compromete sua segurança.

Ao longo dos episódios, outros personagens surgirão. Parece que, entre eles, teremos um expert em clonagem humana, internado como louco em uma clínica psiquiátrica, bem como um sacerdote de 33 anos que tem a aparência de um homem de 70, e se alimenta de sanguessugas.

Para promover a estreia da série, a Fox realizou no último dia 7 de abril um show com Christopher Von Uckermann.
>> TV SÉRIES – por Fernanda Furquim


HOLLYWOOD RESSUSCITA DEUSES DO OLIMPO

quinta-feira | 15 | abril | 2010


Depois do lançamento de filmes com temas de histórias em quadrinhos e remakes de produções dos anos 80, Hollywood evocou agora os deuses gregos do Olimpo para seduzir audiências com uma mitologia que, além de épica, demonstrou ser muito rentável.

As recentes estreias de “Fúria de Titãs” e “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” já arrecadaram US$ 340 milhões em todo o mundo e sua chegadas aos cinemas foi apenas uma antecipação das novas adaptações dos clássicos que estão por vir.

Os estúdios Universal estrearão “Immortals” em novembro de 2011, história sobre o mito de Teseo, o grego que derrotou o Minotauro, com Mickey Rourke e Freida Pinto, além de “God of War”, em que um espartano está disposto a tudo para acabar com o deus da guerra.

Já a Warner lançará “The Odyssey”, baseado na obra do poeta grego Homero, que narra a viagem de Ulisses de volta à ilha de Ítaca depois da guerra de Tróia.

O filme terá uma ambientação atual e a Warner quer que Brad Pitt seja o protagonista, que já participou de outra produção milotógica, interpretando Aquiles em “Tróia”.

A Fox, por sua parte, ressuscitará em 2011 os argonautas que acompanharam Jasão em sua busca pelo velo de ouro, em “The Argonauts”.

Entre os anos 50 e 60 foram feitos vários filmes sobre os mitos gregos, como “Ulisses” (1954), com Kirk Douglas e Anthony Quinn; “Helena de Tróia” (1956), com uma jovem Brigitte Bardot; e várias produções sobre a figura de Hércules, possivelmente o personagem da Antiga Grécia mais vezes retratado pela sétima arte.

“Hercules Unchained” (1959) e “Hércules no Centro da Terra” (1961) são apenas alguns exemplos. Em 1970, Arnold Schwarzenegger deu vida ao personagem em “Hércules em Nova York”. Em 1997, foi a vez dos estúdios Disney lançarem “Hércules”.

Outro grande sucesso de Hollywood do gênero é “Fúria de Titãs” (1981), que deu origem ao remake atual, que contou com a atuação de Laurence Olivier e Ursula Andress e se tornou um clássico, apesar de seus deficientes efeitos especiais.

Desde então, o interesse pela vida dos deuses gregos e seus conflitos com os humanos caiu em Hollywood, até a aparição de títulos como “Tróia” (2004).
>> EFE – por Fernando Mexía


O FUTURO VISTO DO BRASIL

quinta-feira | 15 | abril | 2010

Até pouco tempo atrás poucos gêneros no mercado editorial brasileiro tinham mais pinta de “primo pobre” do que a ficção científica, tratada como uma curiosidade para aficionados e pouco contemplada pela crítica especializada – ao contrário do romance policial, que costuma ser esnobado pela crítica mas pelo menos é sucesso de público. Pois essa é uma das principais surpresas que a coletânea Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica: Fronteiras reserva ao assim chamado “grande público”: a noção de que no Brasil não só se produz ficção científica como o gênero conta até com uma rala, ainda que sólida, tradição.

O volume, que reúne histórias de 14 autores, vem dar continuidade à coletânea Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica, publicada em 2007 pela mesma editora Devir e organizada pelo mesmo Roberto de Sousa Causo que assina a seleção deste volume. O subtítulo Fronteiras, embora aparentemente vago em excesso, fica claro no ensaio com o qual Causo justifica a escolha dos textos compilados na coletânea: a maioria pertence a um híbrido “fronteiriço” entre a ficção científica mais estrita e outros gêneros, tanto da literatura de massa quanto da assim considerada “literatura artística”. Algo que se reflete no grupo de autores selecionados.

Dois nomes da literatura canônica nacional comparecem com histórias que cruzam a ficção científica com a fábula moral. Lima Barreto com A Nova Califórnia, na qual o elemento de ficção científica fica por conta mais da chegada de um alquimista a uma pequena cidade brasileira do que particularmente por algum elemento científico incluído no enredo. O mesmo se dá com o clássico conto Seminário dos Ratos, de Lygia Fagundes Telles, um relato mais próximo da alegoria do que da ficção científica, no qual a autora aproveita a trama de um núcleo de burocratas preocupado com um plano de extermínio de ratos para tratar, com a devida chave de leitura, da ditadura militar vigente quando a história foi publicada pela primeira vez (em 1977).

Nos dois casos, o que se tem são autores que aproveitaram-se em maior ou menor medida de alguns tons de fantasia mas que transcenderam os limites do gênero – um expediente bastante comum na literatura, é só olhar a produção de Ignácio de Loyola Brandão ou Rubem Fonseca, no Brasil, ou as maravilhas que Borges produzia com a estrutura de histórias de espionagem ou de fábulas orientais.

O livro, contudo, também apresenta nomes seminais da ficção científica em língua portuguesa, cultores do gênero hoje lembrados apenas por um restrito número de apreciadores, ainda que suas obras com motivos fantásticos ou científicos sejam contos de fina qualidade. É o caso de Jerônymo Monteiro (1908 – 1970), pioneiro da literatura de gênero no país; Monteiro está no livro com Um Braço na Quarta Dimensão, uma história que casa perfeitamente o tom fantástico característico de um conto de ficção científica com a chamada “cor local” da realidade brasileira (menos presente do que seria de se esperar na coletânea). Na cidade litorânea de Monguagá, o narrador conhece um pescador rude que detém, por circunstâncias inexplicáveis, o dom – ou a maldição – de se teletransportar em momentos de extremo perigo, embora não controle a habilidade.

A leitura do livro permite também perceber a evolução dos temas que inquietam autores de gênero ao longo do tempo – e poucos gêneros são tão umbilicalmente ligados ao tempo em que foram produzidos. Outro dos grandes da literatura fantástica nacional, André Carneiro está no livro com O Homem que Hipnotizava, um conto de 1963 que, com o pretexto do hipnotismo, aborda na verdade a crescente angústia existencial que levaria à apatia e ao escapismo contemporâneo: um homem aprende a hipnotizar a si próprio e passa a enxergar o mundo em tons ideais. Logo torna-se um dependente da sugestão hipnótica para poder enfrentar a feia realidade que o cerca. Já Domingos Carvalho da Silva (1915 – 2003) investe no recorrente tema do futuro distópico e autoritário com A Sociedade Secreta, no qual um grupo de velhos, vivendo em uma comunidade impessoal, rigidamente controlada e com padrões doentios de moral e assepsia, são os únicos a lembrar dos sujos e livres dias anteriores à tirania científica.

São dois contos nos quais a ficção científica estrita está a serviço de um comentário abrangente que extrapola os limites de gênero e ganha a grande literatura. Talvez o melhor exemplo dessa operação reunido na coletânea esteja na pérola de narrativa curta Mestres-de-Armas, uma crítica ferina ao militarismo que narra a formação de uma unidade de soldados responsáveis por sustentar a contínua expansão da humanidade no futuro. O autor, Bráulio Tavares, é um dos grandes nomes da ficção científica em atividade no Brasil.

Sim. O Brasil tem grandes nomes de ficção científica em atividade. O que talvez eles precisem seja de leitores.
>> ZERO HORA – por Carlos André


“POEIRA: DEMÔNIOS E MALDIÇÕES”, DE NELSON DE OLIVEIRA

quinta-feira | 15 | abril | 2010

O novo livro de Nelson de Oliveira – o último livro de Nelson de Oliveira – tem um cheiro muito bom.

É também um livro de formato atraente e gostoso de manusear e carregar. A capa tem um verniz especial que a faz mais resistente ao transporte. Mas não é do verniz que vem o cheiro. Nem da tinta preta que cobra as páginas de descanso entre os capítulos. Suspeito que ele venha da tinta castanho-avermelhada que cobre o corte dianteiro e as bordas superior e inferior, para proteger as páginas da poeira.

O assunto do novo livro de Nelson de Oliveira – o último livro de Nelson de Oliveira – é o livro, o objeto livro e o livro como veículo de conhecimentos e significados. Por isso, a bela capa fotográfica de Rico Lins mostra um olho espiando por entre livros abarrotando uma estante. São livros com o corte dianteiro voltado para nós, não a lombada. O que aparece é o lado anônimo, indefinido dos livros. Para mim, ver livro colocado ao contrário na prateleira é falta grave, mas na imagem de Lins a alternância de planos horizontais e verticais cria um efeito em tons pastéis harmonioso e sugestivo.

Poeira: Demônios e Maldições (Língua Geral, 399 páginas) apareceu antes em capítulos, no Rascunho: O Jornal de Literatura do Brasil, entre novembro de 2006 e março de 2008. É ambientado no Brasil – ou em um Brasil, pois é um país bem diferente do nosso. Não é diferente por estar no futuro, num universo paralelo ou realidade alternativa. É diferente no plano da construção literária, da imaginação não-realista, a fabulation que não finge criar uma representação da realidade. Nesse Brasil diferente, não há computadores ou Internet nem telefones celulares, mas muitos livros. A proposta não é utópica, na chave do “livro contra a virtualidade”. Ao contrário, os livros são um problema – são tantos, que não há mais onde armazená-los. A Biblioteca Mário de Andrade tem mais de cem andares, e o governo proibiu a publicação de novos títulos. Não obstante, eles continuam aparecendo. Aparecem em grandes pacotes na biblioteca, deixando o bibliotecário Frederico Nogueira (um dos personagens principais) perplexo e irritado.

Além de Frederico e sua mulher, Estela, e a filha deles, Renata, o romance também apresenta um visitante oficial, Pedro Penna, que logo se interessa por Estela. Há muitas coisas nesse romance, e uma delas é a tensão sexual entre esses dois. E também o temperamento exasperado de Frederico, o langor de mulher grávida de Renata. É um dos elementos de maior brilho deste romance, o desenho dos personagens e a personalidade que o autor lhes imprime – especialmente considerando que os diálogos não são marcados, e suas vozes às vezes se confundem com a do narrador. Que os personagens possuam tanta personalidade é também notável porque eles não estão lá para serem acompanhados na resolução do mistério do aparecimento dos livros, ou num processo de sedução ou de conflito pessoal.

A estranha subversão representada pelo desrespeito à lei dos livros leva a uma tentativa de golpe militar, e a um agravamento do traço absurdista do livro: os personagens são levados a um mundo subterrâneo e forçados a trabalhar lá. E lá encontram uma fábula sobre o crescente desprezo pelo livro, e alegorias do próprio fazer poético.

O romance é simultaneamente divertido e sombrio, entrelaçando a intimidade cotidiana dos seus personagens bem delineados, com o maravilhoso e o absurdo. Este que é o novo livro de Nelson de Oliveira – e o último livro de Nelson de Oliveira – é um romance pós-moderno que dá conta da assim-chamada “crise da representação na literatura”.

O romance realista, característico do século 19, tem aquela estrutura que persiste na literatura de gênero: “aconteceu isto, isso e aquilo e terminou assim.” A crise surge da consciência de que a realidade não é representável por esse esquema realista, e de que a própria linguagem não possui correspondência com as coisas e os fatos. No século 20, a realidade se tornou complexa demais, indefinida demais, incerta, irracional e absurda demais, e o texto literário deve refletir esse estado de coisas. Nessa literatura, verossimilhança e plausibilidade narrativa são irrelevantes – é a harmonização subjetiva dos elementos da composição literária, forma e conteúdo, estilo e caracterização, andamento e diálogo intertextual sugerindo os sentidos e guiando as possíveis interpretações. O próprio efeito do fantástico surge da tensão entre a aparente arbitrariedade do que é narrado, e a coerência e coesão da construção literária.

Nelson de Oliveira realiza uma costura sutil de temas e leitmotifs , alternando humor e tensão, narração e reflexão, e manipulando as expectativas convencionais do leitor, para expô-las e destruí-las. Situações e atmosferas se formam com grande habilidade, e são frustradas no virar da página. O trivial é alternado com o maravilhoso, e o maravilhoso com o trivial. Desse modo, mesmo no estilo e no narrar, a indefinição e a incerteza são configurados. Oliveira diz que para ele é um processo intuitivo, mas as habilidades exigidas vão muito além disso.

A primeira versão de Poeira foi terminada em 1997. Mas Oliveira diz que, “por não estar muito satisfeito com algumas partes, nem cheguei a enviar para a editora, que na época era a Companhia das Letras”. “Então passei a me dedicar ao romance Subsolo Infinito, cuja primeira parte já estava rascunhada. Até que em 2000 eu reli o primeiro romance e gostei da trama e dos personagens, mas senti que faltava ler mais os poetas simbolistas (Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Mallarmé, etc.) e os surrealistas (Breton, Aragon, Soupault e outros).”

O próprio Mallarmé aparece como um personagem, bastante alegórico, em Poeira. A homenagem completa a dimensão programática do romance, colocando no plano da intertextualidade a sua inserção na literatura que reage à crise da representação: Mallarmé, um pré-modernista, foi um dos primeiros a anunciar a crise.

Carl Sagan apontou o fato de que, ao contrário dos animais, que guardam uma maioria de informações geneticamente, a maioria das nossas informações é extra-genética – estão na cultura e se realizam pela escrita e pela leitura. Poeira: Demônios e Maldições surge num momento em que se anuncia uma nova crise: vivemos a era da informação, e a Internet e o globalismo vêm exacerbar o seu trânsito. A cultura se tornou presa da superespecialização, da atomização do conhecimento formal e da setorização social do trânsito de certos contínuos de informações. Com o estabelecimento de novas formas dominantes de conhecimento, formas paralelas (tradicional, alternativo, étnico) entram em perigo de extinção. Ao mesmo tempo, perdemos nessa enxurrada o contato com as linhas mestras da cultura – daí o bibliotecário não saber quem é Mallarmé, quando se depara com ele.

A alegoria de livros que não param de surgir, para além do nosso poder de estocá-los e de dar conta deles, funciona bem para este momento em que a cultura digital ameaça colocar o próprio livro em perigo de extinção. Poeira: Demônios e Maldições pode muito bem ser um dos primeiros romances a figurar a angústia existencial dessa nova crise.

Mas este novo livro de Nelson de Oliveira é o último livro de Nelson de Oliveira, porque o consagrado escritor resolveu não publicar mais ficção com esse nome. Assumindo um pseudônimo, ele passa a escrever “FC e fantasia, com um enredo mais claro”, por sentir “que é o que realmente vale a pena”. Afinal, a ficção científica tem a vantagem de poder indicar caminhos.
>> TERRA MAGAZINE – por Roberto de Sousa Causo


“THE GATES”: PRODUTOR DE “SUPERNATURAL” CRIA SÉRIE COM VAMPIROS, LOBISOMENS, BRUXAS E AFINS

quinta-feira | 8 | abril | 2010

O sucesso de séries sobrenaturais como “True Blood” e “The Vampire Diaries” está inspirando uma nova leva de produções do gênero na televisão. O canal paga americano AMC terá um seriado de zumbis, “Walking Dead”. E agora a ABC deu sinal verde para a produção de “The Gates”, criada por um dos produtores de “Supernatural” (ou “Sobrenatural” no SBT), que terá na sua história vampiros, lobisomens, bruxas e afins.

Uma das vampiras do elenco, por sinal, já é bem conhecida pelos fãs das sugadoras sexy de sangue. Veja a foto acima.

Em “The Gates”, o ator Frank Grillo (“O Fim da Escuridão”) viverá um policial de Chicago que muda com sua esposa e dois filhos para uma pequena e misteriosa comunidade do subúrbio chamada Gates. Marisol Nichols (“24 Horas”) será a esposa, que guarda muitos segredos do seu passado.

Entre os habitantes da comunidade está Claire (Rhona Mitra, a vampira de “Anjos da Noite 3”) casada com Dylan (Luke Mably, de “Extermínio”). Eles na verdade são vampiros, mas com pensamentos bem diferentes: enquanto Sarah necessita caçar humanos, Dylan luta contra sua vontade por sangue.

Outro morador é Brett (Colton Haynes, o modelo de “The Hills”), um charmoso jogador de futebol americano, que nas noites de lua cheia se transforma em lobisomem e tentar conter de qualquer jeito a fera dentro de si.

Completa a lista de moradores estranhos Devon (Chandra West, de “John from Cincinnati”), uma jovem delicada e popular, dona de uma casa de chá. Ela é uma bruxa, que não pensa duas vezes na hora de usar seus poderes.

Completam o elenco Skyler Samuels (“O Padastro”), Janina Gavankar (“The L Word”), Jim Fitzpatrick (“Star Trek: Enterprise”), Victoria Platt (“The Guiding Light”) e Justin Miles (“O Exército do Extermínio”).

A série foi criada por Richard Hatem (produtor de “Supernatural”) e Grant Scharbo (“Jake 2.0”). ABC planeja estrear “The Gates” em setembro.
>> PIPOCA MODERNA – por Caio Arroyo


“TRUE BLOOD” VAI GANHAR MINISSÉRIE EM QUADRINHOS

quinta-feira | 8 | abril | 2010

Alan Ball fala em vídeo das vantagens da adaptação

Alan-Ball-TV-Guide-MagazineA editora IDW anunciou durante a WonderCon, convenção que aconteceu no último fim de semana em São Francisco, que vai publicar quadrinhos baseados no seriado de TV True Blood. A começar por uma minissérie em seis capítulos que começa em julho lá fora.

As HQs terão histórias escritas pelos criadores da série. Alan Ball, produtor de True Blood, e os roteiristas Elisabete Finch e Kate Barnow são os autores da trama, adaptada para o roteiro de HQ por David Tischman e Mariah Heuhner, com desenhos de David Messina. J. Scott Campbell fará as capas.

O próprio Ball apareceu em vídeo, exibido na WonderCon, explicando que está entusiasmado em ver True Blood em quadrinhos fazendo o que o seriado não pode devido a restrições orçamentárias.

A terceira temporada de True Blood estreia em junho na HBO nos EUA.
>> OMELETE – por Érico Assis

Confira a entrevista do Ball:


“RED SONJA”: ROSE McGOWAN NO FILME

quinta-feira | 8 | abril | 2010

O próximo trabalho de Rose McGowan (Jovens Bruxas/Charmed) no cinema é interpretar a personagem dos quadrinhos Red Sonja. Até agora, a heroína ainda não teve sua própria série de TV, a personagem foi vista apenas em um episódio da série “Conan” na década de 90, interpretada por Angelica Bridges.

O filme com Rose é uma segunda versão da personagem para o cinema, que teve um filme produzido em 1985, estrelado por Brigitte Nielsen. A nova produção estava prevista para estrear em 2009, mas ocorreram atrasos. A produção ainda está em adamento com previsão de lançamento entre 2010 e 2011.

Rumores indicavam que Megan Fox, de “Hope & Faith”, substituiria Rose no filme, mas representantes de Megan negaram os rumores através da revista Movieline. Os atrasos nas filmagens de “Red Sonja” ocorreram porque Rose tinha se ferido durante a produção de outro filme. Com o atraso, sua agenda entrou em conflito entre estrelar “Red Sonja” ou fazer parte do elenco de “Conan”, que já está em fase de filmagens. No dia 6 de abril Rose confirmou em seu Twitter que deu preferência ao filme “Conan”. No entanto, a imprensa americana expecula que a produção de “Red Sonja” poderá ser adiada mais uma vez para aguardar a liberação de Rose.

 
Como informado aqui, Rose também é a produtora da minissérie “The Preacher“, para a HBO. Trata-se de um projeto que está em desenvolvimento desde 2006. As fiilmagens ainda não tiveram início, mas o elenco conta com as presenças de sua colega de “Charmed”, Holly Marie Combs, e de Leighton Meester, de “Gossip Girl”.

A história narra a chegada de uma criatura meio anjo e meio demônio chamada Gênesis, que toma posse do corpo de um pastor matando toda a congregação. Ele então parte para uma jornada pelo país à procura de Deus que abandonou os céus quando Gênesis nasceu. Tal qual “Red Sonja”, a minissérie “The Preacher” tem como base uma história em quadrinhos. Não há ainda previsão de estreia. Por hora, curtam os cartazes divulgados com Rose no papel de Red Sonja.
>> TV SÉRIES – por Fernanda Furquim


ALICE NO PAÍS DOS MANGÁ

quinta-feira | 8 | abril | 2010

Alice no País das Maravilhas. Crédito: divulgação 
Versão em quadrinhos de “Alice no País das Maravilhas” começa a ser vendida no próximo dia 19, mesma semana da estreia do filme homônimo

A Alice de Lewis Carroll surgiu em livro, mas entrou no imaginário popular com as adaptações da história, que agora ganha mais uma versão, em mangá, nome dos quadrinhos japoneses. A leitura oriental de “Alice no País das Maravilhas” está programada para ser lançada no próximo dia 19 (NewPOP, 84 págs., R$ 12). A adaptação foi feita por Sakura Kinoshita. 

É o primeiro trabalho dela no Brasil. Pelo menos na área de quadrinhos. A animação “Mythical Sleuth Loki”, baseada em história da autora, já foi exibida pelo canal Animax. Segundo a editora, o mangá mostra a protagonista de forma mais sapeca. A obra, no entanto, procura ser fiel à naartiva do escritor britânico, publicada pela primeira vez em 1865. 

O lançamento do mangá aproveita um mês em que a personagem entre na pauta da mídia por conta da estreia do filme “Alice no País das Maravilhas”, dirigido por Tim Burton. O longa-metragem chega às salas de cinema no próximo dia 23, mesma semana em que o mangá começa a ser vendido. Em São Paulo, já acontece um evento temático sobre Alice. 

“Sim, a ideia foi essa mesmo, aproveitar a divulgação do filme e com isso, atrair um público diferente para o mangá”, diz Junior Fonseca, editor da New POP. O público diferente, na leitura dele, pode migrar também para outras publicações da editora baseadas em contos infantis, como os dois mangás com histórias dos Irmãos Grimm. 

 

Alice se soma a um filão que a NewPOP tem tateado com mais força, o das adaptações em mangá de produtos de outras mídias, não só a literária. A editora paulista já lançou versões dos Caça-Fantasmas e, no mês passado, de uma história baseada no seriado norte-americano “CSI”, exibido no Brasil pela Record e AXN. 

Fonseca diz que um dos critérios de seleção dos títulos é a qualidade do produto. Mas, segundo ele, os mangás sobre outras mídias têm conseguido um bom retorno. O primeiro volume de “Grimm´s Mangá”, com contos dos Irmãos Grimm, está esgotado. “E ´CSI´ está vendendo muito bem pelos números que tenho até o momento.”
>> BLOG DOS QUADRINHOS – por Paulo Ramos


“CREPÚSCULO”: VERSÃO EM QUADRINHOS SERÁ LANÇADA NO BRASIL

terça-feira | 6 | abril | 2010

Capa da HQ americana, que será lançada no Brasil

Capa da HQ americana, que será lançada no Brasil

Editora Intrínseca confirmou que já tem os direitos da obra, que foi supervisionada por Stephenie Meyer

A editora de livros Intrínseca confirmou que vai lançar a versão em quadrinhos de “Crepúsculo” no Brasil. Ainda não há data prevista para que ela chegue às lojas, nem detalhes sobre o formato do livro, mas o título provisório é “Crepúsculo: Quadrinhos”.

“Twilight: The Graphic Novel” chegou às livrarias americanas no dia 16 de março. Apesar de ter sido feita nos EUA, a adaptação Young Kim é em estilo mangá e Stephenie Meyer, autora dos livros da saga, elogiou muito a transposição de seus personagens para a HQ. Por enquanto, só foi lançada a adaptação da primeira história de Bella e Edward e a editora americana, Yen Press, ainda não anunciou se vai fazer versões dos outros livros da saga.

No Brasil, a edição deve seguir o padrão do livro americano, com a capa colorida e as páginas internas em preto-e-branco. Este será o primeiro mangá lançado pela Intrínseca, que é responsável pela publicação dos livros da saga “Crepúsculo”.
>> ABRIL – da Redação


“PRÍNCIPE DA PÉRSIA” RECEBE ÚLTIMOS RETOQUES

terça-feira | 6 | abril | 2010

Graphic Novel originado no game homônimo chega às livrarias em maio

Nas livrarias brasileiras em maio, Príncipe da Pérsia é o primeiro graphic novel escrito por Jordan Mechner, o criador do game homônimo. A obra sai pelo selo Galera Record, do Grupo Editorial Record, que está fazendo os últimos ajustes na capa.

O famoso jogo ganhou, também, uma adaptação cinematográfica que conta com os atores Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Alfred Molina e Ben Kingsley no elenco. A direção do filme é de Mike Newell e a estreia no Brasil está prevista para junho de 2010.
>> PUBLISH NEWS – da Redação

Assista ao trailer:


“ALVO HUMANO”, A SÉRIE; “ALVO HUMANO”, A HQ

terça-feira | 6 | abril | 2010

É de se esperar que uma adaptação – até pelo sentido da palavra – mexa em elementos do original para recriá-lo em outra linguagem. “Alvo Humano“, a série, faz jus à premissa. O seriado que estreou no Brasil na noite dessa segunda (Warner Channel, 23h) usa o título da história em quadrinhos homônima e o nome do protagonista. Não muito mais que isso.

O mote da versão em quadrinhos era ver os disfarces usados por Christopher Chance para se passar pelas pessoas que corriam risco e, por isso, contratavam seus serviços. Na TV, os contratos foram mantidos. Mas a concepção do alvo-humano foi mudada. Em vez dos disfarces, Chance se aproxima da vítima para pegar o criminoso em ação.

Embora diferente da história quadrinística em que se baseou, a série funciona. É uma história de ação, sem maiores pretensões, bem ao estilo cinema-pipoca.No episódio de estreia, Chance protege uma empresária (Tricia Helfer, atriz de “Battlestar Galactica”), envolvida nos testes de um trem-bala.

Alguém tenta matá-la durante a viagem inaugural. Ela, porém, divide o papel de alvo-humano com seu protetor, contratado especificamente para defendê-la e agarrar o matador.O papel-título ficou com Mark Valley, que interpretou um dos advogados da divertida série “Justiça sem Limites”. Em “Alvo Humano“, ele conta com dois ajudantes, um deles especialista em acessos virtuais (Jackie Earle Haley, o Rorschach do filme “Watchmen”).

Esta não é a primeira vez que “Alvo Humano” é levado para a TV na forma de seriado. Houve outra tentativa, exibida em 1992. Durou apenas dois meses.Nos quadrinhos, o personagem da editora norte-americana DC Comics surgiu em 1972. Foi criado pela dupla Len Wein e Carmine Infantino.

No Brasil, a última aparição de Christopher Chance ocorreu no álbum “Alvo Humano”, lançado pela extinta editora Opera Graphica em 2006.A obra reunia as quatro partes de uma minissérie, escrita por Peter Milligan e desenhada por Edwin Bilikovic. O herói ganhou uma série própria nos Estados Unidos, inédita por aqui.
>> BLOG DOS QUADRINHOS – por Paulo Ramos

Alvo Humano. Crédito: reprodução


“BEN-HUR”, MINISSÉRIE CANADENSE DA CBC

terça-feira | 6 | abril | 2010

Estreou estréia no Canadá a minissérie que se propõe a recontar a história de “Ben-Hur”, personagem que surgiu na literatura americana e passou com sucesso pelo cinema. Trata-se de uma produção dividida em dois episódios de 2 horas de duração cada. O primeiro episódio será exibido esta noite e o segundo no dia 11 de abril.

Joseph Morgan interpreta Judah Ben-Hur, príncipe da casa hebréia Hur. Vivendo no período de Jesus Cristo, Ben Hur mantém uma amizade com o romano Octavius Messala (Stephen Campbell Moore). Mas os melhores amigos logo se tornam rivais mortais em função das diferenças de opiniões políticas. Agora chefe da legião romana, Messala condena Ben Hur à escravidão. A partir daí, o jovem judeu irá lutar por sua vida e pela liberdade.

Apesar da fama de Ben-Hur como personagem histórico, ele, na verdade, é uma criação de Lee Wallace que lançou o livro “Ben-Hur: A Tale of Two Christ” em 1880. O apuro histórico do período o transformou em um best seller, tornando o livro mais vendido nos EUA até o ano de 1936, quando “E O Vento Levou” foi lançado. “Ben-Hur” também se tornaria o primeiro livro a ser abençoado pelo Papa.

Ao longo dos anos, sua história foi várias vezes adaptada para o cinema. A primeira é datada de 1907, com Herman Rottger no papel título, ainda na época do cinema mudo (ou silencioso). Mas o filme foi alvo de uma longa batalha judicial. Tendo apenas 15 minutos de duração, o filme foi produzido sem autorização do autor do livro. Em 1911, a corte americana estabeleceu que daquela data em diante, toda e qualquer produção de Hollywood teria que obter a autorização de autores para poder adaptar livros para o cinema (a mesma regra se estabeleceu para o rádio e para a televisão)

A segunda adaptação foi feita em 1925 pela MGM, estrelada por Ramon Novarro; o estúdio faria uma nova versão em 1959, com Charlton Heston, filme que acumularia indicações e prêmios da Academia de Cinema, entrando para a história como uma das melhores produções de todos os tempos. Heston voltaria ao papel que lhe deu fama, com uma versão animada produzida ela empresa do ator, a Agamemnon Films, em 2003, e lançada diretamente em home video. Além do cinema, o personagem também foi levado ao teatro.

Essa minissérie canadense é a primeira versão da história de “Ben-Hur” para a televisão. Filmada em Marrocos, a produção também traz no elenco os atores Emily VanCamp, de “Brothers & Sisters”, no papel de Esther; Hugh Bonneville, de “Courtin Alex”, como Poncius Pilates; Ray Winstone, como Quintus; James Faulkner, como Marcellus; Alex Kingston, de “Plantão Médico/ER”, como Ruth; Kristin Kreuk, de “Smallville”, como Tirzah; Lucia Jimenez, como Atena; Ben Cross como o Imperador Tiberius e Kris Holden-Reid, visto em “The Tudors”, como Gaius; entre outros atores.

A adaptação ficou a cargo de Alan Sharp, com direção de Steve Shill e produção de David Wyler, filho de Wylliam Wyler, diretor do filme de 1959, para a Muse Entertainment, empresa canadense, em associação à Drimtim Entertainment, da Espanha, Zak Productions, de Marrocos, e Akkord Film, da Alemanha.
>> TV SÉRIES – por Fernanada Furquim – 3/04/2008


“UMA CANÇÃO DE GELO E FOGO”, DE GEORGE R.R. MARTIN

segunda-feira | 5 | abril | 2010

cancao de gelo e fogo lord tywins host outracoisa Um épico feito de gelo e fogo 

UM ÉPICO FEITO DE GELO E FOGO

Quando, em 1455, Ricardo de York liderou três mil homens na direção de Londres e derrotou Henrique VI, rei da Inglaterra, naquela que ficou conhecida com a Batalha de Saint Albins, a primeira de uma guerra que colocaria em lados opostos as poderosas casas de York e Lancaster, ele jamais poderia imaginar que, quase seis séculos depois, seus feitos serviriam de inspiração para uma das maiores e mais bem sucedidas obras de fantasia épica escritas desde que um hobbit encontrou um anel perdido numa caverna.

Falo, claro está, da série “Uma Canção de Gelo e Fogo” (A Song of Ice and Fire, no original), do escritor norte-americano George R. R. Martin. Composta por sete livros, dos quais quatro já foram publicados, ASoIaF tornou-se um êxito de crítica e venda, ocupando o topo da lista dos respeitáveis The New York Times e The Wall Street Journal com a expressiva quantia de 2,6 milhões de exemplares vendidos somente nos EUA, além de angariar importantes indicações e prêmios, como o Locus Award, o Nebula e o Hugo Award.

O AUTOR

George Raymond Richard Martin nasceu em Bayonne, New Jersey, em 20 de Setembro de 1948. Apaixonado por livros, HQ’s e fanzines, desde cedo demonstrou grande interesse em se tornar escritor. No início da década de 70, começou a escrever pequenas histórias de ficção e fantasia, entre as quais se destacam The Thousand Worlds, uma space opera com temática histórica e Night of the Vampyres, uma ficção político-militar lançada na antologia The Best Military Science Fiction of the 20th Century, de Harry Turtledove. O sucesso, porém, tardou a vir. De fato, uma de suas primeiras histórias foi rejeitada 22 vezes por diferentes revistas, um duro começo. Em 73, With Morning Comes Mistfall, história publicada pela Analog Magazine foi indicada para os prêmios Hugo e Nebula.

No início da década seguinte, Martin ingressou na televisão, onde trabalhou como escritor e produtor para as séries Twilight Zone e A Bela e a Fera. Durante esta temporada em Hollywood, muitos projetos voltados para a área de ficção e fantasia foram desenvolvidos por ele, porém todos sem sucesso. Um dos mais proeminentes foi Doorways, uma ambiciosa série de ficção científica que contava a história de uma fugitiva de um universo paralelo que escapava para nosso mundo através de um portal dimensional, abortada após o episódio-piloto.

Outros projetos também foram postos em prática, como as adaptações de Wild Cards, um suplemento de jogos com temática que misturava ficção científica e super-heróis, conhecido no Brasil como Cartas Selvagens, Princess of Mars, a famosa série de ficção de Edgar Rice Burroughs e Fevre Dream, um livro de sua própria autoria, mas Doorways foi o que mais próximo chegou de tornar-se real.

Com efeito, foi no final daquela que Martin considerou como “a década de Hollywood” (1985-1995) que ele, cansado do glamour e das oportunidades perdidas na terra das estrelas, resolveu abandonar a carreira na televisão e se dedicar novamente à arte da escrita. Em 1991, começava a ganhar forma à idéia que originaria o livro A Game of Thrones (Um Jogo de Tronos, em tradução livre), o primeiro da série que o tornaria mundialmente conhecido.

Ironicamente, o que poucos dos aficionados por Martin parecem saber é que ele já conta com mais de 30 anos de carreira, seja na literatura, na televisão ou cinema, atravessando sem a menor dificuldade os gêneros do fantástico, do terror e da ficção científica. E, de fato, seu leque de atuação é bem amplo, indo desde a ficção científica de Tuf Voyaging até os vampiros de Fevre Dream, que cruzaram o Mississipi num barco a vapor em pleno século XIX, passando pelo horror contemporâneo de teor histórico-político de Armagggeddon Rag ou a mistura de space opera e fantasia da coleção de pequenas histórias Windhaven. Também se pode citar uma de suas primeiras incursões pela fantasia, The Ice Dragon, um livro infanto-juvenil onde a presença da magia — em sua acepção mais plena — é bastante acentuada.

Com ASoIaF, no entanto, Martin foi considerado um entusiasta do novo, o escritor que revolucionou a temática épica e trouxe um novo enfoque para a literatura chamada fantástica. Não obstante, nem por isso ele deixou de buscar inspiração e referência para suas obras em outros autores. Fritz Leiber foi, juntamente com Robert E. Howard, criador de Conan, o Barbado e as HQ’s (histórias em quadrinhos) de Stan Lee e Steve Ditko, uma de suas influências assumidas. E, se de fato há um autor a que Martin mais se assemelha, este é Leiber, tal a variedade de temas e gêneros que ambos abordaram ao longo da carreira.

Outros grandes escritores também entraram para este rol de referências. No entanto, embora seja possível reconhecer certo débito para com obras como O Senhor dos Anéis, de Tolkien, The Dragon Masters, de Jack Vance e Tailchaser’s Song, The Memory, Sorrow and Thorn Series e The War of the Flowers, de Tad Williams, a série ASoIaF difere destas outras pelo uso diferenciado da linguagem ficcional e pela abordagem mais incisiva de elementos reais em detrimento da fantasia.

Enquanto Tolkien e Williams buscaram uma acentuada inspiração na mitologia, Martin teve sua influência calcada na história medieval européia, mais notadamente na Guerra das Duas Rosas, no clássico Ivanhoé e nas Cruzadas Albingueses. Não raro, ele costumava citar em suas entrevistas que foi ao ler The Memory, Sorrow and Thorn Series que se convenceu de que poderia escrever uma história mais adulta e madura. Isso acabou criando um novo filão de literatura de fantasia, cujo tratamento do real é muito mais acentuado em relação à fantasia. Filão que já angariou seguidores como Scott Lynch, Joe Abercrombie, Steven Erikson e Scott Bakker.

Contudo, mesmo sendo visível esta preocupação com o real, Martin está a milhas de quilômetros do pioneirismo da chamada ficção histórica e, neste campo da fantasia pé no chão, também sofreu influências e, como tal, agradece abertamente a autores como Bernard Cornwell, George MacDonald Fraser e Robert Jordan, cuja capa para seu primeiro livro foi, ironicamente, a responsável por garantir seu sucesso junto aos leitores de fantasia.

O MUNDO

As histórias de ASoIaF se passam, principalmente, no grande continente de Ponente (Westeros, no original), uma vasta extensão de terras similares as ilhas britânicas, porém com aproximadamente o tamanho da América do Sul, tendo ao norte uma imensa área não mensurada, cuja ciência não é possível dadas as suas baixas temperaturas e a pouca cordialidade de seus habitantes, chamados simplesmente de selvagens ou de Povos Livres. Das terras conhecidas, a porção norte tem praticamente o mesmo tamanho da parte sul, porém sua população é infinitamente menor, dado o rigor climático da região. Entre as principais cidades de Ponente destacam-se, por ordem de tamanho, Porto Real, Antigua, Lannisport, Porto Gaivota e Porto Branco.

O mundo imaginado por Martin, contudo, vai muito além de apenas uma terra e uma gente. Outros dois continentes também aparecem no correr da série, numa alusão bem significativa à história do nosso próprio mundo medieval; a leste, depois do Grande Mar está localizado Essos. Em sua porção ocidental encontram-se as nações estrangeiras mais próximas a Ponente, um conjunto de cidades-estados chamadas de Cidades Livres, entre as quais estão Pentos, Braavos e Lys. Nesta porção do mundo encontra-se também a terra dos Dothraki, os Senhores dos Cavalos. Na verdade, terra, aqui, definiria toda a larga extensão das inóspitas plagas centrais do continente oriental, chamadas de Mar Dothraki, onde vivem centenas de grandes caravanas, os khalazares, cujos membros levam uma vida muito similar a dos antigos mongóis, turcos e hunos de nosso próprio mundo. Nas terras ao largo da costa sul deste continente, chamadas de forma genérica de Terras do Mar do Verão, estão localizadas as ruínas da cidade de Ghis e do Feudo Franco de Valyria, onde surgiu a dinastia Targaryen, a mais poderosa casa a governar os Sete Reinos. As terras ao sul de Ponente, chamadas Sothoryos, são praticamente desconhecidas. Delas, sabe-se apenas que são totalmente selvagens, infestadas de pragas e habitada por homens de pele escura, algo claramente próximo a um certo continente negro pouco conhecido durante a idade média.

Não obstante, mesmo sendo o mundo de ASoIaF vasto e bem definido, seu elemento mais característico é o Muro, ou Muralha de Gelo, uma gigantesca construção de mais de 200 metros de altura e 500 quilômetros de largura. Construído a quase 8.000 mil anos por Brandon Stark, o primeiro Rei no Norte, tinha por finalidade proteger as terras dos Sete Reinos da ameaça d’Os Outros, uma raça de seres malignos que viviam para além das terras conhecidas. Sua defesa foi posta a cargo da Guarda da Noite (Nigth’s Watch, no original), um grupo de irmãos juramentados que dedicaram a vida a lutar contra a ameaça vinda das regiões geladas do norte, das terras “para além do muro”. Aqui, a analogia com a realidade histórico-medieval européia é, também, bastante acentuada. Refiro-me à Muralha de Adriano, uma grande construção erguida próximo à fronteira da Escócia que tinha por finalidade defender a zona britânica do Império Romano das incursões dos pictos e escotos, habitantes do norte da ilha.

Entretanto, apesar do realismo que busca imprimir a seu mundo, Martin é um experto em criar situações mirabolantes que fazem sua história ser única entre tantas outras. Dos muitos fatores que tornam ASoIaF tão interessante, um dos mais peculiares diz respeito à inconstância do clima. Ao contrário de outros mundos conhecidos, Ponente está à mercê de estações erráticas que podem durar anos a fio, mas de forma imprevisível. No início da saga, o continente está no final de um verão que dura já uma década. Um largo verão ao que, segundo as crenças tradicionais, se seguirá um inverno tão longo e duro quanto. Contudo, Martin não deixa claro se esta regra é planetária ou se vale apenas para as regiões de Ponente e seus arredores. Segundo ele, a explicação para este estranho comportamento temporal virá ao final da série e será de natureza mágica, sem elemento de ficção científica.

Outro ponto de destaque da serie é a concepção das raças. Em Ponente, praticamente não há raças mágicas e, à época do início da saga, as que existiram são meramente mencionadas. À exceção dos poucas vezes citados Filhos dos Bosques, d’Os Outros e de uma esquecida raça de Gigantes habitantes do norte, todos as demais criaturas são assumidamente humanas, com todas as cores, estirpes, defeitos e qualidades inerentes à espécie. Porém, que fique claro, estes não são simples humanos e, sim, os melhores representantes da raça, homens fortes, altos e não corrompidos (fisicamente falando), como numa espécie de releitura genérica e bastante crível do Übermensch Nietzschiano.

E, em se falando de raças, há aquelas próprias da engenhosa mãe-natureza, criaturas ferozes que habitam as matas e montanhas do mundo. Lobos huargos, mamutes, uros e gatos das sombras, além dos irascíveis dragões. Sim, em ASoIaF há dragões. Ou havia, já que os três últimos morreram junto com seus senhores Targaryen. Ou, ao menos, é nisso que todos acreditam. E, em torno dessa raça é que gira o grande mistério de Ponente.

A HISTÓRIA

Em meados dos anos 90, quando a série A Bela e a Fera chegou ao fim e o desencanto para com os ares de Hollywood se tornou evidente, Martin voltou a escrever prosas longas e um de seus primeiros trabalhos foi um romance de ficção científica chamado Avalon. Em 91, enquanto tentava definir rumos para a história, a idéia de uma cena onde alguns jovens encontravam uma loba, cuja garganta havia sido cortada, lhe veio à mente. A loba, antes de morrer, havia dado a luz a alguns filhotes, que seriam adotados pelos jovens que os encontraram e cresceriam junto com eles. A partir deste ponto, Martin começou a tecer idéias e a desenvolvê-las, até criar um épico fantástico que dividiu em uma trilogia (sim, as muy famigeradas trilogias), cuja composição seriam os livros A Game of Thrones, A Dance with Dragons e The Winds of Winter.

Porém, ao terminar o primeiro livro, após um hiato de quase dois anos, Martin chegou à fatídica conclusão de que sua saga não caberia em apenas três volumes e, a partir daí, anunciou um quarto livro e, mais tarde um quinto, um sexto e um sétimo. As muitas crônicas de Ponente começavam a ganhar formas e os enormes calhamaços que saíam de seu computador pareciam não ser suficiente para contê-las todas.

É fato que muitas histórias permeiam as entrelinhas de ASoIaF, desde a guerra entre os Filhos dos Bosques e os Primeiros Homens, no início do mundo, até a trégua estabelecida entre eles e sua posterior luta contra os demônios chamados de Os Outros. Mas, para não fugirmos demais ao ponto central, fiquemos apenas com aquela que narra a ascensão, o declínio e as conseqüências da chegada dos reis Targaryen a Ponente.

Após cinco séculos de expansão, os poderosos senhores do Feudo Franco de Valyria, no leste, atravessaram o Grande Mar e alcançaram a longa costa de Ponente, utilizando a ilha da Rocha do Dragão como porto de comércio. Contudo, pouco mais de um século depois, Valyria foi destruída por um desastre conhecido como “O Destino”. Por esta época, a família que controlava a Rocha do Dragão, os Targaryen, começaram a preparar uma larga invasão e, sob as ordens de Aegon, o Conquistador, se lançaram contra Ponente. Embora suas forças fossem pequenas, eles tinham entre seus exércitos os três últimos dragões conhecidos, cuja força era mais que suficiente para subjugar todo o continente. Seis dos Sete Reinos foram rapidamente conquistados, mas Dorne, no sul, resistiu batalha após batalha, até que Aegon concordou em deixá-lo independente. Até então, o continente estava dividido em vários reinos independentes. Porém, depois d’A Conquista, as diferentes regiões, unidas sob o estandarte da Casa Targaryen, formaram os chamados Sete Reinos de Ponente.

Uma vez estabelecido seu poder, os reis Targaryen adotaram a crença na Fé dos Sete (religião que reverenciava as sete faces de Deus) para conquistar o coração do povo, embora ainda mantivesse certos costumes de sua antiga nação, como o casamento entre irmãos. Com isso, em pouco tempo os conquistadores quebraram todas as resistências à sua conquista e impuseram, sem a menor oposição, as suas leis. Os três últimos dragões morreram cerca de um século e meio após A Conquista, mas neste ínterim, as leis e o poder da Casa Targaryen já estavam bastantes arraigadas e não haviam sido contestadas até então.

Quinze anos antes do início de A Game of Thrones, uma guerra civil, chamada de A Rebelião de Robert, destronou Aerys II, o Rei Louco, pondo fim à longa dinastia da Casa Targaryen. Uma aliança formada pelas maiores Casas de Ponente e lideradas por Lord Robert Baratheon, Lord Eddard Stark e Lord Jon Arryn pôs fim aos exércitos e ao regime insano de Aerys e assassinou quase todos os membros de sua família, à exceção de sua esposa grávida — que posteriormente daria a luz a Daenerys Targaryen, a última descendente desta linhagem — e de seu filho Viserys, que fugiram de volta a Rocha do Dragão, ajudados por aqueles que ainda lhes eram fiéis.

Após derrotar o príncipe Rhaegar na Batalha do Tridente, Robert Baratheon assumiu a coroa e o Trono de Ferro, casou-se com Cersei, da poderosa Casa Lannister e tornou-se o primeiro rei de sua linhagem.

O que é interessante observar nesta sucessão de guerras pelo poder é que a conquista não se deu apenas pela espada. Intrigas e traições, jogos de poder e alianças são uma constante na escrita de Martin. Na verdade, se conhece muito mais da história pela força da palavra que pelo fio da espada. Outro ponto importante que Martin ressalta é a questão da fé. Para se dominar um povo, não é suficiente apenas subjugá-los, mas conquistá-los através de seu mais profundo sentimento, de seu mais arraigado desejo. Ponente é, assim, um mosaico de crenças e expressões religiosas. Como fizeram os reis Targaryen ao abraçar a fé no deus de sete rostos, outros, a seu modo e a seu tempo, também jogaram com a crença nos deuses, seja para forjar alianças ou para destruir aquelas que os ameaçavam.

OS LIVROS

Canção de Gelo e Fogo é, sem dúvida, uma das obras de maior êxito dentro do gênero fantástico, seja pelo grande número e complexidade das personagens que permeiam suas páginas, pela súbita e violeta mudança das linhas narrativas ou pelo intrincado jogo de tramas políticas que formam a espinha dorsal de sua linha de argumentação.

Também cabe ressaltar que em sua concepção há muito pouco da literatura dita juvenil que se multiplica às pencas por aí. A história em si é mais complexa, adulta, com um limite bem demarcado entre o real e o fantástico — a magia, quando aparece, é tratada com sutileza e geralmente de forma ambígua, muitas vezes, negativa —, além de não fugir de temas cujo conteúdo poderia gerar olhares de reveses dos mais puritanos, como a violência, o sexo ou até mesmo temas tabus, como o incesto. Martin, aliás, tornou-se famoso por quebrar paradigmas, como a já conhecida falta de apego às suas criações. As personagens de sua saga estão tão fadadas à morte quanto quaisquer outras criaturas. Tudo, claro, virá da necessidade da trama e dos caminhos que a história deve seguir.

Aparte de todos estes atributos, um dos aspectos mais inovadores de ASoIaF é a forma como a história vai sendo construída. Cada capítulo é visto sob o ponto de vista de uma personagem distinta que narra/vê os acontecimentos a sua volta segundo uma ótica bem particular. Isto cria um viés deveras interessante, pois para um mesmo episódio tem-se narrados os fatores a partir de olhares diferentes. Além do que, devido à forma realista com que Martin constrói suas personagens, fica extremamente difícil classificá-los como bons ou maus. Em última instância, eles nada mais são que humanos, tristes e miseráveis humanos e a visão que compartilham com o leitor está, justamente, impregnada destas vivências e emoções.

Um problema que particularmente vejo nesta forma de narrativa é o espaço vago que há entre uma e outra aparição das personagens. Como são muitos os pontos de vistas presentes no decorrer da história — apenas nos quarto primeiros livros cerca de 25 diferentes narradores já deram às caras — às vezes é necessário esperar dezenas de páginas para ver uma personagem reaparecer, muitas vezes completamente fora da situação em que se encontrava anteriormente. Isso gera uma confusão de sentidos e, até certo ponto, de entendimento. Porém, nada que prejudique a leitura como um todo.

Outro aspecto interessante é que os livros não giram em torno do eterno maniqueísmo da luta bem versus mal ou na busca pelo escolhido que livrará o mundo da destruição. Sua linha narrativa está centrada principalmente nas lutas políticas e nas guerras civis que assolam aquela pequena grande parte do mundo. De fato, entre todos os arcos narrativos, há apenas um ou dois que sugerem a possibilidade de uma ameaça externa.

Uma curiosidade: o título da série é mencionado apenas duas vezes ao longo de toda a historia narrada até aqui. A primeira delas aparece durante uma visão que Daenerys tem no segundo livro da série, A Clash of Kings (Choque de Reis, em tradução livre): “Ele é o príncipe prometido e sua é a canção de gelo e fogo”. Estas palavras são proferidas por um rei Targaryen, embora não fique claro qual rei seja nem a quem as palavras são dirigidas, se a própria Daenerys ou a seu filho natimorto. A segunda vez em que é mencionada é durante a renovação dos juramentos de lealdade dos irmãos Reed a Brandon Stark, cena também presente no livro A Clash of Kings.

Aparte dos sete tomos principais, outros três livros curtos podem ser incorporados à série como uma espécie de prólogo, já que se passam no mesmo mundo, porém aproximadamente 90 anos antes dos eventos narrados em ASoIaF. Dos três, The Hedge Knight (O Cavaleiro Errante, em tradução livre) e The Sworn Sword (A Espada Leal), já foram publicados e The Mystery Knight (O Cavaleiro Misterioso) tem sua data de lançamento prevista para 2009. As histórias, conhecidas como Os Contos de Dunk e Egg, também foram adaptados para as HQ’s por Ben Avery e Mike S. Miller e lançados em 2007 pela Marvel Comics, alcançando um relativo sucesso.

Vários capítulos dos livros já lançados foram compilados em coleções seguindo o destino de algumas personagens ou os lugares onde se ambientavam partes das histórias. O mais famoso deles é Sangue de Dragão (Blood of the Dragon, no original), baseado nos capítulos sobre Daenerys Targaryen constantes no livro A Game of Thrones. Este excerto ganhou o premio Hugo de melhor livro em 1997.

Embora possuam personagens / narradores que contam a história através de seus pontos de vistas, de suas vivências e anseios pessoais, os livros seguem, regra geral, por três grandes arcos argumentativos principais que se passam em Ponente e em parte do continente oriental de Essos, mais precisamente nas cidades livres e nas terras dos Dothraki.

O primeiro deles transcorre em Ponente e narra a luta entre casas rivais pela posse do Trono de Ferro após a morte do rei Robert Baratheon. O primeiro a reclamar o trono é seu filho mais velho, Joffrey, cujo apoio para tal empreitada vem da poderosa família de sua mãe: a Casa Lannister. Ao mesmo tempo, Stannis Baratheon, irmão mais velho do rei, reclama o trono para si por acreditar que os filhos de Robert são, na realidade, o produto da relação incestuosa entre a rainha Cersei e seu irmão, Jaime Lannister, chamado de Matador de Reis. Ao mesmo tempo, o irmão mais novo da Casa Baratheon, Renly, também reclama o trono para si, apoiado pela poderosa família de sua esposa Margaery, a Casa Tyrell. Com o reino se esfacelando, as casas do Norte proclamam Robb Stark, herdeiro de Eddard Stark, a antiga Mão do Rei, como Rei no Norte, buscado tornarem-se novamente independentes do poder do Trono de Ferro. De forma parecida, Balon Greyjoy, senhor das Ilhas de Ferro reclama para si o trono e a independência desta região.

O segundo arco de histórias se passa no norte de Ponente, na região gelada onde foi construída a grande Muralha de Gelo. Este arco segue principalmente as aventuras de Jon Neve, filho bastando de Lorde Eddard Stark e sua ascensão na hierarquia da Guarda da Noite que, por esta época, encontra-se bastante defasada de homens e de status. Ao mesmo tempo em que tenta manter longe a ameaça dos povos selvagens, liderados pelo Último Rei Além do Muro, Jon vai descobrindo a verdadeira natureza da ameaça que vem das desconhecidas terras do norte.

O terceiro arco se passa no continente oriental de Essos e segue os passos de Daenerys Targaryen, chamada de Filha da Tormenta, a última descendente da Casa Targaryen que também reclama para si o Trono de Ferro, como última herdeira dos antigos reis dragões. Ao longo desta parte da historia, descobrimos como Daenerys se transforma, de fugitiva, em uma rainha astuta e poderosa, senhora de muitos segredos e mãe dos últimos dragões vivos.

Durante o primeiro livro, os três arcos argumentativos se mantêm coesos, aparecendo de forma homogênea. Entre o segundo e o terceiro, chamado de A Storm of Swords (Tormenta de Espada, em tradução livre), o foco é mais voltado para as intrigas internas e as consequências da Guerra dos Cinco Reis pelo trono de Ponente. No quarto livro, A Feast for Crows (Festim de Corvos), no entanto, a coisa já muda um pouco de figura. Martin é um escritor ávido por detalhes, e o resultado disto é a inacreditável quantidade de informações presentes em sua obra. Com o desenrolar da história, os livros tornaram-se cada vez mais volumosos para conseguir conter todas as personagens e seus enredos. O terceiro livro, por exemplo, saiu com a exorbitante quantia de 1022 páginas (tão absurda que em muitos países onde foi traduzido, como Espanha, Portugal e França, ele foi dividido em duas edições distintas).

Tentando por um pouco de ordem nesse exagero, Martin decidiu dividi-la em partes, obedecendo aos seguintes critérios; um livro contaria as aventuras das personagens cujas histórias se passariam no continente, enquanto o seguinte traria as escaramuças das personagens do norte e das terras além de Ponente. Assim, enquanto A Feast for Crows traria as histórias da corte e demais localidades dos Sete Reinos, A Dance with Dragons (Dança com Dragões, em tradução livre), o quinto livro da série, daria enfoque às personagens que estão no norte (Jon Neve e Samwell Tarly, principalmente) e de além mar (Gata dos Canais e Daenerys Targaryen, entre outros). Espera-se que o mesmo procedimento seja adotado também para os livros restantes, The Winds of Winter e A Dream of Spring.

Porém, independente do caminho escolhido por Martin para apresentar o desfecho de suas personagens, o fato é que esta série já é um sucesso comprovado, seja em livros, jogos, suvenires ou HQ’s. Tanto que os direitos autorais foram recentemente adquiridos pela rede de TV norte-americana HBO, que pretende transformá-la em uma série nos mesmos moldes do que foi feito com Roma e The Tudors. Os produtores David Benioff e D.B. Weiss, que estão a cargo da adaptação são, inclusive, os responsáveis por estes dois sucessos.

Agora, a dúvida: diante de tão boa publicidade, resta saber o que mais falta para que alguma editora brasileira perceba o potencial desta série e resolva trazê-la, com todos os tils e ãos necessários ao entendimento de nossa língua mater, para o Brasil.

“O INVERNO ESTÁ CHEGANDO”

Ao se ler ASoIaF, tem-se a estranha sensação de que, dentre todos os lemas das muitas Casas Nobres que desfilam diante de nossos olhos ao longo de toda a série, é a divisa da Casa Stark aquela que parece ser a apropriada às personagens como um todo.

Há uma certa fatalidade na maneira de escrever de Martin, como se todos os caminhos levassem ao norte, ao desespero final, como se a vida fosse feita de momentos efêmeros e de esquecimentos e que apenas o final, inevitável, fosse eterno.

Mas, mesmo diante da fatalidade da vida, ainda há a esperança dos dias vindouros. E, talvez, ela venha ligeira nas asas de algum dragão, ou desponte junto ao primeiro raio de sol do verão longínquo. Mas, enquanto isso, é bom que nos preparemos para o longo inverno que se aproxima.
>> OUTRA COISA – por Rober Pinheiro

PARA SABER MAIS

 
 

uma cancao de gelo e fogo pintura outracoisa Um épico feito de gelo e fogo

“CONTRALUZ”: O REGRESSO DE FERNANDO FRAGATA COM UM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA

sábado | 3 | abril | 2010

As primeiras imagens e o cartaz do novo filme de Fernando Fragata, totalmente rodado nos Estados Unidos, estão a gerar muita expectativa. “Contraluz” é anunciado como a primeira obra de ficção científica realizada por um português.  

Joaquim de Almeida encabeça o elenco internacional de que fazem também parte Evelina Pereira, Ana Cristina Oliveira, Scott Bailey e a actriz Skyler Day.

A música é de Nuno Maló, compositor português radicado nos Estados Unidos e que já tinha assinado a banda sonora de “Amália”, o filme de Carlos Coelho da Silva.  

O primeiro trailer inclui um depoimento do actor António Feio que fala sobre a mensagem de “Contraluz”. 

O filme de Fernando Fragata ainda não tem data definida para estrear em Portugal.
>> RTP CINEMAX – por Diamantino José


MONSTROS, AS VEDETES DO NOSSO TEMPO

sábado | 3 | abril | 2010

Bang’, a única revista portuguesa dedicada ao género literário
do fantástico, chega ao formato de papel.

Monstros, as vedetas do nosso tempo

O universo fantástico povoado de criaturas sombrias – como os vampiros, os monstros ou os mortos-vivos – que, no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, foi explorado por escritores como Edgar Alan Poe, Bram Stoker ou H. P Lovecraft, ressurge em força cem anos depois. Os nossos dias voltaram a ser povoados de seres irreais.

Em Portugal, a revista Bang , publicada online desde 2006, chega agora ao formato de papel “para divulgar o fantástico, encontrar novos escritores e pensadores sobre este género que, em Portugal, nunca teve grande tradição”, explica Luís Corte-Real, director da revista e da editora Saída de Emergência.

O milénio iniciou-se com o fenómeno Harry Potter, prosseguiu com O Senhor dos Anéis e a primeira década termina com a saga vampiresca de Stephenie Mayer.

Porque é que estamos de novo enfeitiçados pela literatura fantástica? David Soares, autor de romances e bandas desenhadas de terror e fantástico, considera que este fenómeno “está ligado à época de incerteza em que vivemos, onde o futuro perfeito proclamado pela ciência já não é credível e as pessoas refugiam-se no universo de sonho presente nestas histórias”.

A revista Bang, lançada oficialmente esta semana, tem uma taxa de downloads na ordem dos 30 mil, conta Corte-Real. “Foi isso que nos deu a percepção de que há muita gente que procura este género que tem sido mal tratado em Portugal e merece que lhe seja dada mais visibilidade.”

Já João Manuel Barreiros, também ele autor de livros de fantástico e ficção-científica, chama a atenção para ” a má literatura” que está a ser publicada como pertencendo ao fantástico e que “está a desvirtualizar o género”.

Tanto o editor da revista como David Soares concordam com esta ideia. “Os monstros são criaturas transgressoras e, nesta literatura comercial, pensada para adolescentes, passam a ser conservadoras, sexualmente reprimidas”, declara Barreiros.

Apesar de procurar divulgar “boa literatura fantástica”, o editor da Bang reconhece que “tem que alargar o espectro da revista a ficções que cativem também o público jovem que está a crescer com o Harry Potter e o Crepúsculo”. O objectivo da revista é também “transportar leitores dos livros mais comerciais para as obras primas do género”, assume ainda Corte-real.

No mundo editorial, o género, lido especialmente por mulheres, continua imparável. O editor da Gailivro, Pedro Reizinho, assume que “o género é o que mais alimenta o mercado” e a editora tem um conjunto de romances prestes sair, bem como uma série de quatro livros sobre zombies, entre outras obras.
>> DIÁRIO DE NOTÍCIAS – por Joana Emídio Marques


Os pioneiros do género fantástico

Há um século escreveram-se aquelas que são geralmente consideradas as obras-primas do terror e e do fantástico.

No século XIX, quando a tecnologia acelerava, com a chegada da fotografia, do cinema, com o crescimento das cidades, a literatura fantástica conheceu o seu primeiro boom. Desde pequenas publicações de cordel com histórias de fantasmas e crimes, inspiradas em mitos urbanos, como o Sweeny Todd (adaptado ao cinema por Tim Burton) até romances e poesia que explorava um universo habitado por figuras monstruosas.

O americano Edgar Alan Poe (1809-1849) foi um dos autores que mais contribuiram para a definição deste universo, em obras como O Corvo, ou Annabel Lee, em contos O Poço e o Pêndulo eO mistério de Marie Roger.

H.P.Lovecraft, menos conhecido mas um verdadeiro autor de culto para os amantes do género. A sua obra não é vasta, mas entre ela contam-se clássicos como Nas Montanhas da Loucura ou O Estranho Caso de Charles Dexter Ward .

Mas é ao irlandês Bram Stoker que pertence o vampiro mais famoso da história da literatura e do cinema, Drácula, o conde que aterrorizou a floresta da Transilvânia.

João Manuel Barreiros chama a atenção para autores mais recentes como Stephen King, Peter Straub ou Dan Simmons, cujas obras ” são para adultos e não para adolescentes ou adultos que pensam como adolescentes”.

No nosso tempo, os monstros voltam a ser vedetas “porque a eles tudo lhes é permitido”, diz o escritor David Soares.

REVISTA BANG! nº7

  • Alfred Tennyson
  • António de Macedo
  • David Soares
  • Gerson Lodi-Ribeiro
  • João Barreiros
  • Octávio dos Santos
  • Renato Carreira
  • Richard Matheson
  • Vasco Curado
  •  
     

    A revista portuguesa de literatura e fantástico
    está de volta

    A Revista Bang! está de volta ao formato papel. Com uma tiragem limitada a 150 exemplares, é a oportunidade dos verdadeiros fãs de fantástico conhecerem o melhor que se escreve no género e sobre o género em Portugal. Caprichámos no design e no papel. Esperamos que gostem!

     [ficção]
    Na Guerra com Bruxas – Richard Matheson
    Horda Primitiva – Vasco Curado
    A Melhor Diversão da Cidade – Gerson Lodi-Ribeiro
    A Preocupação Fundamental – Valéria Rizzi
    O Kraken – Alfred Tenyson
    O Indiscritível Sr. Salcedo – Renato Carreira

    [não ficção]
    O Druída de Somersby – Octávio dos Santos
    A Companhia dos Cegos – David Soares
    H. P. Lovecraft, Um Ícone da Cultura Ocidental Contemporânea – José Carlos Gil
    Livros Míticos ou a Biblioteca (Quase) Invisível – António de Macedo
    Luzes, Câmara… Bang! – Nuno Fonseca
    De A a BD – Ricardo Venâncio
    Os Livros das Minhas Vidas – João Barreiros


    “BLADE RUNNER”: FÉ CEGA, FACA AMOLADA

    sábado | 3 | abril | 2010

    Octavio

    Revendo o clássico Blade Runner, fui assolado por alguns questionamentos antigos. Afinal, por que o caçador de andróides Rick Deckard, vivido por Harrison Ford, tinha a alcunha de “Blade Runner”? Que lâmina seria essa sobre a qual ele correria? Ocorreu-me pela primeira vez que o título do filme não fazia referência ao fato do herói ser um destemido sempre ameaçado por perigos diversos (essa descrição cai bem para outro herói vivido por Ford, o arqueólogo Indiana Jones), mas às decisões espinhosas que ele, caçador, teria de tomar a cada passo da história. Ao contrário de outros heróis cheios de certezas, Rick Deckard só tem dúvidas. Não sabe se aceita o caso, se seduz Rachel, se confia nos colegas do departamento de polícia, se invade o camarim da andróide stripper e, finalmente, se mata Roy. Sua única certeza, nas últimas cenas, é que deve ser fiel ao que acredita ser o certo. No final, o que importa para Deckard são os princípios, e isso me fez recordar alguns eventos.

    Uma vez, quando era sócio de um escritório de design no Rio, recusei participar de um projeto para certa fábrica de cigarros. Minha sócia respondeu que “se não fizéssemos, alguém faria”, afirmando que o distanciamento de tais questões moralistas era indispensável para o profissional de design. Eu não tinha resposta para isso na época. Era verdade, alguém aceitaria o trabalho, mas tratava-se de uma questão pessoal, não gosto de cigarros e não via (e ainda não vejo) motivo para trabalhar em função de algo que me provoca enjôo. Eu “sentia” que aquilo não estava certo, mas arquivei o assunto.

    Hoje os motivos que me levaram a tomar aquela atitude estão mais claros. Acredito que cada produção nossa, por menor que seja, tem certo efeito no mundo. Há algum tempo, acompanhei uma reportagem investigativa que denunciava o processo de contrabando de armas no Brasil. O jornalista comprou uma minimetralhadora israelense e, depois de quinze dias, recebeu uma maleta belíssima, com a marca impressa em alto relêvo. Não era um saco plástico anônimo ou um caixote qualquer, o artefato bélico vinha embalado com requinte. Ora, alguém criou aquele logotipo. Alguém projetou a maleta. E qual o nome do profissional especializado em trabalhos desse tipo? Designer.

    Em Blade Runner, o projetista de olhos é o principal fornecedor do faustiano dr. Tyrrell, que ousou criar andróides mais perfeitos que o homem. São esses olhos poderosos, muito mais acurados que os humanos, os responsáveis pelo modo como os replicantes vêem o universo, e por isso mudam suas percepções a respeito de si mesmos, dando-lhes consciência e, como efeito colateral, um enorme desdém pela fragilidade dos homens. Uma metáfora perfeita para o poder transformador do design e sobre a responsabilidade do designer.

    Mas por que alguém aceitaria desenvolver um projeto que, quando pronto, mataria pessoas? Talvez porque se hipnotiza ao som do mantra “se eu não fizer, outro fará”. Projetar logotipos e embalagens para armas não é uma prática ilegal, mas não isso não significa que deva ser realizado. Afinal, uma das funções das identidades visuais é tornar o produto agradável ao público-alvo e conquistar consumidores. Se o artefato em questão é uma geladeira, um televisor ou um automóvel, não vejo problema algum, mas por que uma metralhadora precisaria de logotipo? E o que dizer das “cluster bombs”, minas terrestres de fragmentação parecidas com brinquedos e que mataram e feriram crianças no Oriente Médio? Jamais o binômio forma-função, lema dos desenhistas industriais, foi tão subvertido.

    Não se desenha impunemente. Qualquer um que empunhe o lápis transforma o ambiente e, apesar de clichê, é verdade que aquele com quem você se associa fala a respeito de seu caráter e de suas crenças. Pensando bem, é quase uma questão de fé, tanto para o franco atirador cético que pega qualquer trabalho, quanto para aquele que escolhe seus projetos baseado em questões éticas. muitas vezes particulares, e se reserva o direito de dizer não. O primeiro opta por não julgar por onde corre o grafite porque acredita que, como os replicantes de Blade Runner, é imune às ameaças externas e não se infecta ao passear por papéis de origens questionáveis. Já o segundo, desconfiado como o personagem de Harrison Ford no início do filme, receia compartilhar qualquer coisa com pessoa física ou jurídica sem se assegurar da saúde moral do parceiro, pois não deseja ser absorvido ou conspurcado por uma eventual inumanidade do outro. Qualquer das posturas incorre potencialmente em perigos ou injustiças, é como correr sobre o fio de uma faca.
    >> ACHEI USA – por Octavio Aragão


    SUCESSO DE ADAPTAÇÕES PARA TV ALAVANCA A VENDA DE LIVROS

    sábado | 3 | abril | 2010

    Vampire Diaries

    True Blood, The Vampire Diaries e Dexter são algumas das que estão fazendo sucesso por lá

    Editoras dos EUA estão satisfeitas com os resultados das adaptações de séries literárias para as telas de TV, já que viram as vendas dos livros em que as produções foram baseadas crescerem vertiginosamente.

    Séries como True Blood, The Vampire Diaries e Dexter têm atraído o interesse do público nas obras em que foram baseadas. Para os autores, o sucesso das séries não só aumenta o retorno financeiro, mas também serve de inspiraçao para a criaçao de mais livros, que provavelmente não estariam nos planos. A notícia é da Variety.
    >> PUBLISNEWS BLUE BLUES- por Jacqueline Lafloufa


    “HAVEN”, DE STEPHEN KING, ESTREIA EM JULHO

    sexta-feira | 2 | abril | 2010

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    Prevista para estrear em 2011, a série “Haven” chegará às telinhas mais cedo. O canal SyFy anunciou a estreia para o dia 9 de julho nos EUA. A série tem como base o livro “The Colorado Kid”, de Stephen King.

    Adaptada por Sam Ernst e Jim Dunn, ambos de “Dead Zone/ O Vidente”, a história da série será um pouco diferente do livro. Na obra de King, a história girava em torno de um corpo encontrado sem identificação em uma pequena ilha da costa do Maine no ano de 1980. Morto por asfixia, o homem e os fatos que o levaram à morte permanece um mistério. Mais tarde, ele é identificado como sendo James Cogan, nativo do Colorado, por isso, ganha o apelido de Colorado Kid. Vinte e cinco anos depois, Vince e Dave, dois senhores de meia-idade, proprietários do jornal local, contam a história do Colorado Kid à novata Stephanie, uma estagiária faz-tudo que trabalha para eles, e juntos, tentam desvendar o mistério.

    Emily Rose

    Já a versão para a TV traz uma história que gira em torno de Audrey Parker (Emily Rose), uma agente do FBI que chega na cidade de Haven, no Maine, para solucionar o assassinato de um ex-condenado. Mas logo ela percebe estar cercada por estranhos fenômenos. A cidade é, na verdade, um refúgio para pessoas que, de alguma forma, possuem abilidades paranormais. Entre os moradores estão o delegado Nathan Wuorcos (Lucas Bryant), que se torna parceiro de Audrey nas investigações; tem também Duke Crocker (Eric Balfour), um excentrico morador da “pacata” cidade. Por enquanto, apenas esses personagens/atores foram divulgados.

    A produção está a cargo de Ernst, Dunn, Scott Shepherd (Tru Calling, The Dead Zone), Lloyd Segan, Shawn Piller (The Dead Zone, Wildfire, Greek), John Morayniss (Hung, Copper) Noreen Halpern (Hung, Copper), Laszlo Barna (The Bridge) e Michael Rosenberg (Hung, The Riches), pela E1 Entertainment.

    A série foi inicialmente desenvolvida para o canal ABC, que a passou adiante. Ao invés de oferecê-la para outros canais, a produtora E1 Entertainment decidiu produzir 13 episódios iniciais, para somente então disponibilizá-la para venda. Em novembro o canal SyFy comprou a série, que também está sendo oferecida a canais da Europa.
    >> TV SÉRIES – por Fernanda Furquim


    “TRON”: SEQUÊNCIA GANHA TRAILER OFICIAL

    sexta-feira | 2 | abril | 2010

    ‘Tron legacy’ revive ficção científica cult dos anos 80.
    Novo filme tem Jeff Bridges no mesmo papel após 25 anos.

     

    “Tron legay”, a sequência 3D do clássico da ficção científica dos anos 80, já tem trailer disponível na internet. Para ver a prévia do filme, que estreia em dezembro deste ano nos EUA, o fã tinha que participar de uma campanha on-line, iniciada no final de fevereiro. Após as primeiras visualizações, o trailer foi disponibilizado para o público: veja abaixo.

    A história de “Tron legacy” gira em torno de Sam Flynn (Garrett Hedlund), um viciado em tecnologia que investiga o desaparecimento do pai Kevin (Jeff Bridges). Ele acaba descobrindo e entrando no mesmo mundo virtual em que o pai está preso há 25 anos, e a dupla vai ter que passar por uma série de desafios para conseguir escapar dessa armadilha. 

    Dirigido pelo estreante Joseph Kosinski, o longa ainda tem Olivia Wilde (“House”) no elenco e conta com trilha sonora exclusiva composta pela dupla francesa de música eletrônica Daft Punk. 

    Lançado em 1982, “Tron – uma odisséia eletrônica” é considerado um clássico da ficção científica, pois foi o primeiro filme a usar recursos de computação gráfica. Na trama dirigida por Steven Lisberger, Jeff Brigdes interpreta um executivo que invade o computador do chefe para provar que foi trapaceado. Ele acaba sendo “absorvido” pelo cyberespaço onde enfrenta uma guerra virtual.
    >> G1, de São Paulo


    5° CINEFANTASY – FESTIVAL CURTA FANTÁSTICO ABRE INSCRIÇÕES

    sexta-feira | 2 | abril | 2010

    Evento internacional, o Festival é destinado ao
    cinema fantástico: ficção científica, horror e fantasia.

    Estão abertas as inscrições para a quinta edição do Cinefantasy – Festival Curta Fantástico. O evento acontece anualmente na capital paulista e traz em sua programação mostras competitivas internacionais para curtas e longas-metragens, além de mostra paralela onde são exibidas retrospectivas, sessões temáticas, tributos, premières, encontros entre fãs, bate-papos com convidados brasileiros e estrangeiros, palestras, workshops e oficinas. As inscrições podem ser feitas no site www.cinefantasy.com.br.

    Em 2009. o Cinefantasy exibiu mais de 160 filmes em três espaços da cidade, Cine Olido, CCBB e Biblioteca Viriato Corrêa. Entre os títulos do programa estavam Shadow, do diretor e músico italiano Federico Zampaglione, o horror tailandês The Forbidden Door, ganhador de melhor filme no festival Puchon, e a premiada ficção científica francesa 8th Wonderland. Como convidados o festival trouxe nomes de peso como o mestre do terror brasileiro, Ivan Cardoso, e o diretor britânico Marc Price, responsável pelo filme Colin, que custou 74 dólares e fez burburinho em Cannes e Fantasporto.

    A mostra competitiva, até então apenas para curtas-metragens, cresceu ainda mais em 2009. Foram quase 200 inscrições que vieram de todo o mundo e as oito sessões de uma hora cada, previstas para a programação, tiveram que ser aumentadas para dez sessões com 1h30 cada. Com isso, foi possível acomodar os 80 filmes que lutaram para conquistar os 12 troféus “Corpo Seco de Ouro”.

    A quarta edição do Cinefantasy também teve sessões temáticas e curiosas que fizeram o público lotar as salas como o caso da Dark Little Tales, sessão com uma seleção de curtas-metragens com temática gótica, ou a programação de um dia todo no Cine Olido dedicada ao mais extremo do horror, o Day Gore e a primeira edição do Desafio Mestre dos Gritos, sessão onde o público elegeu, através de gritos, o minicurta mais assustador da sessão.

    Com cinco edições, O Cinefantasy já conquistou seu espaço como um dos eventos mais importantes do calendário do universo fantástico da América Latina, abrigando fãs e produtores do gênero, além de possuir reconhecimento internacional.

    O Cinefantasy é membro do Fantafestivales – Aliança Latino-Americana dos Festivais Fantásticos – e  parceiro da Federação Européia Meliés.

    Em 2010, o Festival acontece de 31 de agosto a 12 de setembro no Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Viriato Corrêa e outros espaços que ainda estão em negociação. A quinta edição contará com a mostra paralela, atividades de formação,as mostras competitivas de curtas e a de longas-metragens, esta última a novidade desse ano.

    As competitivas oferecem as seguintes premiações:

    Curta-metragem
    a) Melhor curta de Horror
    b) Melhor curta de Ficção-científica
    c) Melhor curta de Fantasia
    d) Melhor curta de Animação
    e) Melhor curta pelo Júri Popular
    f) Prêmio Estímulo Amador
    g) Prêmio Estímulo Estudante
    h) Melhor Criatura
    i) Melhor Vítima
    j) Melhor Vilão
    k) Melhor Maquiagem
    l) Melhor Efeito
    m) Melhor Roteiro
    n) Melhor Direção
    o) Melhor Trilha Sonora

    Longa-metragem
    a) Melhor longa de Horror
    b) Melhor longa de Ficção-científica
    c) Melhor longa de Fantasia
    d) Melhor longa pelo Júri Popular
    e) Melhor Criatura
    f) Melhor Vítima
    g) Melhor Vilão
    h) Melhor Maquiagem
    i) Melhor Efeito
    j) Melhor Roteiro
    k) Melhor Direção
    l) Melhor Trilha Sonora

    Inscrições para as competitivas (curtas e longas)
    e Desafio Mestre dos Gritos: 29 de março a 11 de junho

    Período do 5° Cinefantasy: 31 de agosto a 12 de setembro

    Para maiores informações, ficha de inscrição e regulamento acesse o site www.cinefantasy.com.br

    O cartaz desta edição é criação do artista plástico, blogueiro e cinéfilo Leopoldo Tauffenbach, assim, o Festival veio afirmar seu orgulho de carregar o sangue e a cultura brasileira, mesmo sendo um evento internacional.


    “AURA DE ASÍRIS – A BATALHA DE KAYABASHI”, DE RAFAEL LIMA

    sexta-feira | 2 | abril | 2010

    O livro Aura de Asíris – A Batalha Kayabashi, um épico tecnofantasy escrito pelo publicitário carioca Rafael Lima e com referências como Star Wars, Final Fantasy e Dragon Ball Z, já está disponível nas melhores lojas físicas e virtuais do país.

    Duas raças. Um só mundo e destino. A aventura começa.

    Há séculos, banshees e furous guerreiam ao norte de Asíris, mundo governado por uma avançada tecnologia e permeado por uma energia chamada Aura. Apesar dos banshees terem vencido a maior parte das batalhas, algo está para mudar.

    Uma antiga lenda, que prevê o nivelamento de forças entre as duas raças e, consequentemente, o fim desta que é conhecida como a Grande Guerra, aparenta ser verdadeira quando os furous inexplicavelmente se tornam mais poderosos e capazes de derrotar seus inimigos pela primeira vez na história.

    A partir daí, uma batalha sem precedentes eclode em uma região conhecida como Deserto de Kayabashi. Neste cenário de tensão e expectativa surge Yin Ashvick, um menino de doze anos que pode ser a única esperança de todos. Ele terá que enfrentar uma longa e perigosa jornada, a qual colocará a prova sua coragem, altruísmo e determinação.

    Para isso, terá a ajuda de seu mestre, Hanai Ashvick, o general do exército banshee, Irwind Heatbolth e outros personagens bastante carismáticos. Cada um terá que encarar seus piores temores para descobrir a verdade por trás da onda de terror que assola sua terra e pôr fim na grande ameaça que se aproxima.

    Para comprar Aura de Asíris – A Batalha de Kayabashi acesse
    www.auradeasiris.com/comprar.html
    Todas as informações sobre a obra também no site.


    STEPHENIE MEYER LANÇA NOVELA SOBRE A VAMPIRA BREE TANNER

    quinta-feira | 1 | abril | 2010

    Stephenie Meyer está lançando um livro paralelo à série Crepúsculo, dedicado à personagem Bree Tanner, de Eclipse. Com o título The Short Second Life of Bree Tanner: An Eclipse Novella (em tradução livre, A Curta Segunda Vida de Bree Tanner), a novela tem 192 páginas e e chega às livrarias dos EUA em 5 de junho.

    “Eu estou tão surpresa quanto qualquer um sobre esse livro. Comecei a trabalhar nele em 2005 simplesmente como um exercício para me ajudar a examinar o outro lado de Eclipse, que eu estava editando na época. Pensei que poderia ser um conto para o meu site. Depois, quando começamos a trabalhar no guia oficial de Crepúsculo, pensei que poderia publicar a história da Bree ali. Mas ela acabou crescendo muito mais do que eu esperava, até que ficou longa demais até para o guia”, comentou a autora no anúncio oficial.

    O livro conta a história da vampira recém-convertida Bree, destacando o lado sombrio do mundo vampírico que ela habita e sua jornada no exército que se prepara para atacar Bella e os Cullen. Como a personagem ganha destaque no terceiro filme da franquia, o diretor David Slade falou da importância do conto para a ambientação do filme.

    “Eu gostei bastante da história e ela nos deu várias ideias, inspirou as escolhas de locação e a modelagem das cenas. Acho que os fãs vão adorar os detalhes da história, que envolve as paixões, medos e ações de uma nova vampira”, disse o diretor.

    The Short Second Life of Bree Tanner terá parte de seu lucro doado para as vítimas do Chile e do Haiti e e também poderá ser lido online, durante um mês, no site dedicado à personagem. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
    >> OMELETE – por Carina Toledo